ATA DA VIGÉSIMA SEXTA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 22-4-2004.

 


Aos vinte e dois dias do mês de abril de dois mil e quatro, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi efetuada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Pestana, Cláudio Sebenelo, Elias Vidal, Ervino Besson, Gerson Almeida, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, Helena Bonumá, João Antonio Dib, Luiz Braz, Margarete Moraes, Renato Guimarães e Sofia Cavedon. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Adeli Sell, Almerindo Filho, Carlos Alberto Garcia, Cassiá Carpes, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elói Guimarães, Isaac Ainhorn, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Maria Celeste, Nereu D'Avila, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo e Wilton Araújo. Constatada a existência de quórum, a Senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Carlos Alberto Garcia, o Pedido de Informações nº 053/04 (Processo nº 2123/04); pelo Vereador Carlos Pestana, o Projeto de Lei do Legislativo nº 089/04 (Processo nº 2157/04); pelo Vereador Cláudio Sebenelo, os Pedidos de Providências nos 780, 818 e 819/04 (Processos nos 2067, 2134 e 2135/04, respectivamente), o Pedido de Informações nº 057/04 (Processo nº 2146/04) e o Projeto de Resolução nº 068/04 (Processo nº 2167/04); pelo Vereador Elias Vidal, os Pedidos de Providências nos 828 e 830/04 (Processos nos 2229 e 2231/04, respectivamente) e o Pedido de Informações nº 061/04 (Processo nº 2235/04); pelo Vereador Haroldo de Souza, os Projetos de Lei do Legislativo nos 084 e 085/04 (Processos nos 2101 e 2102/04, respectivamente); pelo Vereador João Antonio Dib, os Pedidos de Providências nos 826 e 831/04 (Processos nos 2202 e 2232/04, respectivamente); pelo Vereador João Bosco Vaz, a Emenda de Líder nº 01 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 157/03 (Processo nº 3084/03); pelo Vereador Nereu D’Avila, juntamente com o Vereador Reginaldo Pujol, o Projeto de Resolução nº 069/04 (Processo nº 2183/04); pelo Vereador Reginaldo Pujol, o Projeto de Lei do Legislativo nº 087/04 (Processo nº 2145/04); pelo Vereador Sebastião Melo, o Pedido de Providências nº 805/04 (Processo nº 2115/04) e os Pedidos de Informações nos 054, 055, 058 e 059/04 (Processos nos 2124, 2125, 2187 e 2188/04, respectivamente); pelo Vereador Wilton Araújo, o Pedido de Informações nº 062/04 (Processo nº 2239/04). Ainda, foram apregoados os seguintes Requerimentos, deferidos pela Senhora Presidenta, solicitando desarquivamento de Processos: de autoria do Vereador Elias Vidal, com referência ao Projeto de Lei do Legislativo nº 258/03 (Processo nº 4222/03); de autoria do Vereador Luiz Braz, com referência ao Projeto de Lei do Legislativo nº 472/03 (Processo nº 6633/02). Também, foi apregoado o Ofício nº 174/04 (Processo nº 2212/04), do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, solicitando autorização para ausentar-se do País, das dezesseis horas do dia vinte e nove de abril do corrente às dezoito horas do dia nove de maio do corrente, para participar do Congresso de Fundação da Organização Internacional “Cidades e Governos Locais Unidos”, a ser realizado em Paris, França, e do “IV Foro de Autoridades Locais de Porto Alegre em Barcelona”, a ser realizado em Barcelona, Espanha. Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nos 0864, 1062, 1132, 1209, 1246 e 1314/04, do Senhor Reginaldo Muniz Barreto, Diretor-Executivo do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Em prosseguimento, foi apregoado o Memorando nº 102/04, firmado pela Vereadora Margarete Moraes, Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre, através do qual Sua Excelência informa que o Vereador Elói Guimarães representará externamente este Legislativo na reunião-almoço “Meeting Jurídico” com o Desembargador Osvaldo Stefanello, tendo como tema “Reforma do Judiciário”, a ocorrer no dia vinte e nove de abril do corrente, das doze às quatorze horas, na Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul – FEDERASUL. A seguir, foi apregoado Requerimento do Vereador Carlos Pestana, Líder de Bancada do PT, solicitando, nos termos do artigo 218, § 6º, do Regimento, Licença para Tratamento de Saúde para a Vereadora Maristela Maffei, no dia de hoje, tendo o Senhor Presidente declarado empossado na vereança o Suplente Adeli Sell, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Constituição e Justiça. Após, a Senhora Presidenta concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao Senhor Rubens Garavello Machado, Coordenador do Comitê das Entidades de Classe da Odontologia, representando o Sindicato dos Odontologistas do Estado do Rio Grande do Sul, que lembrou o transcurso, no dia vinte e cinco de abril do corrente, do Dia de Tiradentes, Patrono Cívico da Nação Brasileira e Patrono dos profissionais que atuam na área da Odontologia, comentando reivindicações defendidas por essa categoria, em especial quanto às políticas públicas em termos de serviços de assistência odontológica oferecidos nos postos de saúde de Porto Alegre. Na ocasião, nos termos do artigo 206 do Regimento, os Vereadores Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, João Carlos Nedel, Adeli Sell, Raul Carrion e Carlos Alberto Garcia manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. A seguir, foi iniciado o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado a assinalar o transcurso do septuagésimo aniversário do Hospital Parque Belém, nos termos do Requerimento nº 053/04 (Processo nº 1313/04), de autoria do Vereador Ervino Besson. Compuseram a Mesa: a Vereadora Margarete Moraes, Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre; a Senhora Elaine Tweedie Luiz, representando o Prefeito Municipal de Porto Alegre; o Senhor Luiz Quartieri, representando a Secretaria Estadual da Educação; o Senhor José Bonifácio Glass, Presidente do Hospital Parque Belém; o Senhor Manoel Braga Gastal, Presidente do Conselho do Hospital Parque Belém; o Vereador João Carlos Nedel, 1º Secretário deste Legislativo. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Ervino Besson, como proponente da presente homenagem, saudou o transcurso dos setenta anos do Hospital Parque Belém, discorrendo sobre a história dessa instituição, a qual foi inaugurada pelo ex-Presidente Getúlio Vargas. Ainda, mencionou que, inicialmente, o Hospital Parque Belém era um sanatório voltado para a pesquisa e o tratamento da tuberculose, em uma época em que essa doença era envolvida por um clima de medo e preconceito. O Vereador Ervino Besson, dando continuidade ao seu pronunciamento em Comunicações, registrou que o Hospital Parque Belém passou por dificuldades financeiras na década de mil novecentos e cinqüenta, pelo fato de as pessoas recearem contrair doenças ao fazer suas doações para essa instituição. Finalizando, destacou que atualmente esse Hospital se caracteriza pela integração com a comunidade e pela priorização de atendimentos pelo Sistema Único de Saúde - SUS. O Vereador Elias Vidal analisou a importância do trabalho realizado pelo Hospital Parque Belém, no início do século passado, na luta pela erradicação da tuberculose. Além disso, elogiou programas atualmente desenvolvidos por essa entidade, de combate ao uso de drogas, classificando como referência estadual os serviços ali oferecidos, tanto na área da prevenção à drogadição quanto no socorro às vítimas e no acompanhamento de familiares envolvidos no contexto da dependência química. O Vereador Carlos Alberto Garcia, registrando pronunciar-se também em nome das Bancadas do PT e do PPS, enalteceu o trabalho realizado pelo Centro de Dependentes Químicos do Hospital Parque Belém. Ainda, salientando aspectos como a localização e a estrutura de recursos humanos e materiais que possui a instituição ora homenageada, defendeu sua transformação em um Hospital de Pronto Socorro para atendimento da população da Zona Sul da Cidade. O Vereador João Carlos Nedel, lembrando a expressão “Sciencia et Caritas – Ciência e Caridade”, veiculada como o lema orientador das atividades do Hospital Parque Belém, analisou o quadro apresentado pelos serviços de saúde a que tem acesso a comunidade porto-alegrense. Sobre o assunto, propugnou por políticas públicas que realmente atendam essa área e por apoio dos órgãos governamentais para viabilizar a continuidade dos serviços prestados pelo Hospital Parque Belém. O Vereador Elói Guimarães declarou que hoje esta Casa se sente honrada pela realização da presente homenagem, enaltecendo a história de luta do Hospital Parque Belém na defesa da saúde da comunidade e salientando que a maior parte dos atendimentos ali efetuados se destina a pacientes do Sistema Único de Saúde – SUS. Finalizando, enfocou conceitos como ciência e caridade, representativos da filosofia de trabalho seguida pelos dirigentes dessa instituição. Em continuidade, a Senhora Presidenta concedeu a palavra aos Senhores José Bonifácio Glass e Manoel Braga Gastal, que destacaram a importância da homenagem hoje prestada por este Legislativo com referência ao septuagésimo aniversário do Hospital Parque Belém. Às quinze horas e quarenta e seis minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e cinqüenta minutos, constatada a existência de quórum. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Cláudio Sebenelo lamentou que a Secretaria Municipal de Turismo tenha sido substituída por um escritório, afirmando que o fechamento da Empresa Porto-Alegrense de Turismo – EPATUR – é lamentável. Ainda, cobrando do Governo Municipal a abertura de novos postos de trabalho, justificou que o Programa Primeiro Emprego, desenvolvido pelo Governo Federal, gerou apenas uma das setecentas e cinqüenta mil vagas previstas. O Vereador Gerson Almeida citou relatório da Organização das Nações Unidas, no qual é referido que um sexto da população mundial não tem abastecimento regular de água, mencionando os esforços da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, no sentido de melhorar a água do Lago Guaíba, por meio da expansão do tratamento de esgotos. Também, criticou a possibilidade de recuperação da área portuária, alegando que, nesse caso, seria criado um local de acesso exclusivo para a população mais abastada. O Vereador Guilherme Barbosa acusou o Presidente dos Estados Unidos da América, George Bush, de ter encoberto a verdade acerca da existência de armas de destruição em massa no Iraque, argumentando que aquele país tem interesse no controle do petróleo do Iraque. Além disso, opinou sobre a política expansionista dos Estados Unidos da América, discordando da criação da Área de Livre Comércio das Américas – ALCA. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Cassiá Carpes elogiou o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul e a Polícia Civil gaúcha pela retirada de moradores de rua suspeitos de integrarem um grupo criminoso, contestando as políticas da Fundação de Assistência Social e Cidadania – FASC – nesse sentido. Ainda, posicionou-se contrariamente à aprovação do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/03. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 476/03, discutido pelos Vereadores João Antonio Dib e Guilherme Barbosa, o Projeto de Resolução nº 061/04; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 001/00, 007, 008, 064, 071 e 006/04, este discutido pelo Vereador Renato Guimarães; em 3ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 025/97, os Projetos de Lei do Legislativo nos 073 e 077/04, 078/91, este discutido pelos Vereadores Renato Guimarães, Cláudio Sebenelo e Adeli Sell, 072/04, discutido pelo Vereador Renato Guimarães; em 4ª Sessão, o Substitutivo nº 01 ao Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 001/04. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Pedro Américo Leal destacou as comemorações, neste mês, do Dia do Índio, do Dia de São Jorge e do sexagésimo aniversário do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, lembrando ter colaborado com essa instituição durante vários anos. Ainda, discorreu sobre o Dia do Exército, condenando a idéia de que essa Força Armada combata o crime no Rio de Janeiro e protestando contra o descaso da população com o sentimento de brasilidade. O Vereador Cláudio Sebenelo lamentou que a Comissão Parlamentar de Inquérito para Averiguar Irregularidades nos Serviços Prestados pelo Sistema Único de Saúde – SUS – no Município de Porto Alegre esteja suspensa por ordem judicial, repudiando a venda de vagas em filas de postos de saúde na Cidade. Nesse contexto, manifestou-se a respeito das conseqüências da demora nas conclusões dessa CPI, enfatizando a importância do bom atendimento médico à população. Às dezesseis horas e cinqüenta e quatro minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezesseis horas e cinqüenta e cinco minutos, constatada a existência de quórum. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Raul Carrion convidou a todos para a Sessão Solene, nesta Casa, relativa aos cinqüenta anos da Feira do Livro de Porto Alegre, e para o Seminário “Avanços e Impasses do Novo Brasil”, na Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. Ainda, questionou a possível transferência do Parque Tenístico José Montaury para a Federação de Tênis do Rio Grande do Sul e examinou criticamente a adoção da pena de morte nos Estados Unidos da América. Às dezessete horas, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezessete horas e um minuto, constatada a existência de quórum. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora Clênia Maranhão referiu-se à ocupação de cargos na Brigada Militar por mulheres, mencionando legislação do Estado do Rio Grande do Sul que impedia a ocupação do posto de Coronel da Brigada Militar por representantes do sexo feminino. Ainda, debateu a questão dos direitos dos moradores de quilombos, denominados “quilombolas”, relativa à posse de áreas no Estado do Rio Grande do Sul. O Vereador Sebastião Melo referiu-se à votação do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/03, que fixa alíquotas de contribuição previdenciária dos servidores públicos de Porto Alegre, propugnando ou pela votação imediata, ou pela retirada de tramitação desse Projeto. Ainda, contestou os gastos do Município com propaganda nos meios de comunicação, alegando que esses recursos seriam melhor aproveitados se destinados ao tratamento da água distribuída à população. Às dezessete horas e doze minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezessete horas e treze minutos, constatada a existência de quórum. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Isaac Ainhorn, debatendo a questão da cobrança de tributos no âmbito municipal, teceu considerações a respeito do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/03, que dispõe sobre a Previdência Municipal, justificando sua intenção de que essa matéria seja votada imediatamente. Também, aludiu às denúncias de recebimento de propina pelo Senhor Waldomiro Diniz, ex-Assessor do Governo Federal. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Os trabalhos estiveram suspensos das dezessete horas e vinte e dois minutos às dezessete horas e trinta e sete minutos e das dezessete horas e trinta e nove minutos às dezessete horas e quarenta minutos, nos termos regimentais. Em prosseguimento, os Vereadores Carlos Pestana e Beto Moesch manifestaram-se acerca da ordem de votação da matéria constante na Ordem do Dia e acerca de acordos feitos entre Líderes de Bancadas deste Legislativo, que definiram o início das discussões do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/03 para o dia vinte e seis de abril do corrente. Às dezessete horas e quarenta e um minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezessete horas e quarenta e dois minutos, constatada a existência de quórum. Na ocasião, os Vereadores Beto Moesch e Carlos Pestana manifestaram-se relativamente aos acordos feitos para a ordem de votação da matéria constante na Ordem do Dia. Às dezessete horas e quarenta e três minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezessete horas e quarenta e quatro minutos, constatada a existência de quórum. Após, o Vereador Renato Guimarães formulou Requerimento verbal, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Às dezessete horas e quarenta e cinco minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezessete horas e cinqüenta e um minutos, constatada a existência de quórum. Às dezessete horas e cinqüenta e dois minutos, nos termos do artigo 144, inciso II, do Regimento, a Senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pela Vereadora Margarete Moraes e pelo Vereador Elói Guimarães e secretariados pelos Vereadores João Carlos Nedel e Ervino Besson. Do que eu, Ervino Besson, 2º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pelo Senhor 1º Secretário e pela Senhora Presidenta.

 

 


A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): A Verª Maristela Maffei solicita Licença para Tratamento de Saúde no dia de hoje.

 

(Obs.: Foi apregoado Requerimento de licença da Verª Maristela Maffei e dada a posse ao Suplente, conforme consta na Ata.)

 

Passamos à

 

TRIBUNA POPULAR

 

O Sr. Rubens Garavello Machado, representando o Sindicato dos Odontologistas no Estado do Rio Grande do Sul, está com a palavra para tratar de assunto relativo à Semana da Odontologia - Homenagem a Tiradentes, pelo tempo regimental de 10 minutos.

 

O SR. RUBENS GARAVELLO MACHADO: Srª Presidenta, Margarete Moraes, Srs. Vereadores, Colegas representantes da classe da Odontologia, Senhoras e Senhores, que nossas primeiras palavras sejam de agradecimento à Mesa Diretora desta Casa, na pessoa de sua Presidente, que deferiu a nossa solicitação de utilização da Tribuna Popular, bem como ao Sindicato dos Odontologistas – SOERGS –, que encaminhou este pedido, proporcionando ao Comitê das Entidades da Classe de Odontologia – CECO – que aqui estivesse para falar em nome da Odontologia.

Ontem, a Nação brasileira referenciou a memória de seu patrono cívico – Joaquim José da Silva Xavier. A importância dessa efeméride, que recorda um dos mais marcantes e profundos acontecimentos políticos do nosso País, a Inconfidência Mineira, a Nação referencia a figura de Joaquim José da Silva Xavier e de seus companheiros de luta, que possibilitaram à nossa Nação sonhar com a liberdade.

Deu-nos ele exemplo de patriotismo, e, ao morrer, deixou claro que, mesmo perdendo a vida, seus ideais não morreram com ele.

Joaquim José da Silva Xavier ficou conhecido não pelo título de Alferes, o Tenente, a que tinha direito e que possuía, mas pela alcunha de Tiradentes. Sem ser pejorativo, essa denominação contemplava os que se dedicavam à cirurgia odontológica, à época, com precárias condições. Por isso ele é também o nosso patrono.

De lá até os nossos tempos, a Odontologia sofreu um avanço espetacular.

Hoje, no Brasil, possuímos, com certeza, e sem falsa modéstia, uma das melhores odontologias do mundo, reconhecida internacionalmente.

Somos também muito bem agraciados com um número imenso de profissionais nessa área, visto que o número de nossas faculdades supera o número de faculdades nos Estados Unidos, Canadá e México, reunidas. No entanto, vivemos uma situação sui generis.

De um lado, um imenso exército de profissionais altamente capacitados; e de outro, uma população, muitas vezes, desassistida na sua saúde bucal. Somos 30 milhões de desdentados.

Hoje, ao ocupar esta tribuna, em nome da Odontologia, viemos trazer aos homens que fazem a lei em nossa Cidade, alguns pedidos que podem ajudar a população de nossa Cidade. Vamos elencá-los. Primeiro, uma atenção especial ao plano de carreira do cirurgião-dentista que atua neste Município e que busca, há muito tempo, a isonomia salarial e de carga horária, projeto que já tramita nesta Casa.

Lembramos aos Srs. Vereadores que fomos “brindados” com o aumento da taxa de lixo paga pelo cirurgião-dentista, o que onera, violentamente, os nossos custos.

Lembramos também, com alegria, um Projeto de Lei da Verª Clênia Maranhão que prevê o aumento das equipes de saúde bucal dentro das equipes do PSF. Este Projeto prevê um aumento dessas equipes, já que existem 61 equipes de saúde e apenas 13 equipes de saúde bucal.

Pedimos, portanto, aos Vereadores, especial atenção a este Projeto da Verª Clênia.

Lembramos, ainda, da necessidade do aumento do número de cirurgiões-dentistas na rede pública municipal para atender a população mais carente que, praticamente, está desatendida.

Hoje o número de cirurgiões-dentistas prestando atendimento nos postos de saúde chega a um número ridículo de 170 para uma população de um milhão, trezentos e sessenta mil habitantes, o que daria, num cálculo rápido - se me permite o Ver. Dib fazer esses cálculos, olhando o papelzinho -, um dentista para cada oito mil pacientes em Porto Alegre. Também, como já referi ao Ver. Dib, gostaria de dizer que foi com alegria que, ao entrar nesta Casa, recebi o seu cumprimento e recordava com ele, que foi na sua gestão no DMAE, que houve a implementação da fluoretação das águas na nossa Cidade, um modelo para todo Brasil.

Gostaria também de pedir que os Vereadores olhassem a necessidade de implantar melhorias nas instalações físicas e de equipamentos nos consultórios odontológicos do nosso Município. Às vezes o Município é tão rígido na fiscalização dos consultórios particulares, que esquece dos seus próprios. Esse é um pedido que fazemos em nome da população.

Também, Srs. Vereadores, conversando com o Ver. João Carlos Nedel, que disse da dificuldade desta Câmara legislar sobre tudo aquilo que aumenta gastos e que, dificilmente é aprovado, lembraríamos que nós, cirurgiões-dentistas, nós das entidades de classe, do Conselho Regional, do Sindicato estamos à disposição para criar movimentos, para criar práticas, para criar fóruns de educação para a população a exemplo do feito no Estado, com a cobertura do Dep. Adroaldo, que nos possibilitou a fazer o grande Fórum do Açúcar, em que a classe Odontológica, reunida com os outros profissionais da área de saúde, levantou essa problemática do uso do açúcar por nossas crianças.

O Ver. Adeli Sell lembra desse episódio que foi altamente comentado no nosso Estado. Programas como este de educação, de alerta não custam dinheiro, e nós temos uma Odontologia que está se oferecendo neste momento aos Edis de Porto Alegre.

Queremos ser parceiros na educação de nossa população. Nós temos conhecimento, nós temos condições e nós podemos auxiliar nesses projetos. Falta-nos, muitas vezes, o apoio político, e hoje, aqui, ocupando esta tribuna, e agradecendo a Vereadora por nos dar este espaço nobre, a Odontologia gaúcha quer marcar este dia, que é a Semana da Odontologia, com este pronunciamento.

Não estamos pedindo, estamos oferecendo; não estamos pedindo, estamos lembrando. Não queremos nada, somente os nossos direitos.

A Odontologia gaúcha, uma das melhores do País, neste País que tem uma grande Odontologia, sonha com uma população mais saudável. De nada adianta nós termos uma Medicina e uma Odontologia de ponta, se não chegarem aos nossos irmãos mais carentes.

Gostaria de, mais uma vez, em nome do Comitê das Entidades de Classe, agradecer o prestígio e a honra de nos terem concedido este espaço, e dizer que estamos à disposição de todos os Vereadores para incrementar campanhas de educação de saúde bucal. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Quero parabenizar o Sindicato dos Odontologistas pela Semana de Odontologia e convidar o Dr. Rubens Garavello Machado a compor a Mesa. O Dr. Rubens Garavello Machado é Coordenador do Comitê das Entidades de Classe da Odontologia.

O Ver. Cláudio Sebenelo está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Dr. Garavello Machado, a Odontologia é, talvez, o grande modelo para todo o sistema de saúde, quando ela faz, hoje, da prevenção o top de linha do seu trabalho. Na nossa experiência, começam também a diminuir as incidências de pneumonias, de mortes por infecções respiratórias, por mediastinite, por empiema pleural, exatamente quando começa a idéia preventiva da Odontologia. E, por isso, a classe odontológica brasileira que, como o senhor disse muito bem, é uma das melhores do mundo, e a do Rio Grande do Sul é uma das melhores do Brasil, está em festa por esses resultados magníficos que consegue.

A Cidade de Porto Alegre tem estado a dever, há muito tempo, para a população mais carente, uma assistência que, como o senhor disse muito bem, praticamente não existe. Então, um dentista para cada oito mil pessoas... Isso faz parte, também, de uma estratégia de prevenção, que não é feita, e esse é um dos motivos por que nós estamos pedindo a CPI da Saúde. Meus parabéns pelo seu trabalho.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): A Verª Clênia Maranhão está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, queremos saudar a presença, nesta Casa, do Dr. Rubens Garavello Machado, que é Coordenador do Comitê das Entidades de Classe da Odontologia, que, num momento tão oportuno, quando acabamos de vivenciar, no dia de ontem, a homenagem a Tiradentes, o senhor comparece a esta Casa, trazendo uma questão de saúde pública, mas, também, uma questão de cidadania.

Nós sabemos que a situação de saúde pública, no Brasil, é extremamente grave, mas, quando nós pegamos os índices de atendimento à população de baixa renda, nós vemos que o setor mais excluído de atendimento é exatamente na área da saúde bucal. Portanto, o trabalho que as entidades de Odontologia têm feito neste Estado no sentido de chamar a atenção das autoridades públicas para o fortalecimento de uma política de atendimento à população de baixa renda, é extremamente significativo.

Nós queremos colocar à disposição dos senhores e das senhoras que compõem essas entidades o apoio da nossa Bancada, a do PPS, esperando que, em breve, possamos dar a todos os odontólogos e às pessoas excluídas das políticas de saúde bucal do Município de Porto Alegre uma boa notícia, que será a aprovação nesta Casa - seguramente com o apoio de todas as Bancadas -, da ampliação do número de pessoas da área da saúde bucal para compor equipes de saúde da família.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidenta, Dr. Rubens Garavello Machado, Coordenador do Comitê das Entidades de Classe da Odontologia, queremos saudar V. Sª pela incisiva manifestação que proporcionou à Casa, e aludir a importância da comemoração da Semana da Odontologia, a homenagem ao protomártir da Independência Brasileira, Tiradentes.

Quero dizer a V. Sª que a doença entra pela boca - e isso é um jargão popular -, então, vejam como o trabalho, a atividade odontológica é fundamental para a qualidade de vida da população. Sem população com saúde, com saúde dentária, digamos assim, nós não temos desenvolvimento, não temos trabalho. Éramos um País de desdentados, e não sei se ainda, infelizmente, ostentamos este título. É lamentável dizer, mas há até pouco tempo éramos um país de desdentados, o que aponta para a Odontologia, que requer, que reclama dos Governos políticas direcionadas e investimentos na sua área. Receba V. Sª, sua categoria e, de resto, os dentistas de nossa Cidade e do nosso Estado, a nossa homenagem pela importância da atividade profissional que V. Sas exercem. Obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA: Srª Presidenta, Sr. Rubens Machado, cumprimentos pelo seu pronunciamento e o desejo sincero que não fique apenas no seu pronunciamento, mas, sim, que a vontade política de todos nós, realmente, faça alguma coisa. O senhor foi muito claro; o senhor foi muito objetivo. Os senhores da Odontologia não pedem absolutamente nada. Estão-se oferecendo em nome da população. Fica a responsabilidade para todos nós, e nós, do PMDB, este Vereador e o Ver. Sebastião Melo, nos colocamos a sua disposição para sugestões, e, no caso, para o apoio naquilo que for necessário. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Nós queríamos dar as boas-vindas ao Dr. Rubens Garavello Machado, e em nome da Bancada do Partido Progressista, composta pelo nosso Engenheiro João Dib, pelo nosso Psicólogo Pedro Américo, pelo nosso Advogado Beto Moesch e pelo nosso Contador João Carlos Nedel, queremos cumprimentá-lo pela sua vinda, aqui, na Semana da Odontologia. Cumprimento-o, também, pois vem V. Sª aqui reverenciar Tiradentes, o Patrono dos Odontólogos e mártir da nossa Independência.

Queremos agradecer, também, por essas colocações que V. Sª fez, aqui, das dificuldades que tem, por exemplo, o Plano de Carreira dos Odontólogos junto ao nosso Município, das instalações físicas dos consultórios odontológicos, e também da pouca expansão dos consultórios junto aos PSFs. Nós vimos com tristeza que, se uma pessoa desejar ser atendida num posto de saúde, levará um bom tempo para ser atendida e concluir o seu tratamento.

Quero dizer também, Dr. Rubens, que a taxa de lixo é um problema sério para toda a comunidade de Porto Alegre, e a nossa Bancada já está fazendo um estudo de uma alteração na Lei para melhorar essa taxa.

Cumprimentos pela oportunidade da sua presença e pela importância do seu pronunciamento. Meus parabéns!

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Adeli Sell está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) O nosso compromisso é efetivo com a saúde bucal. Por inúmeras vezes, nesta Casa, temos colocado a problemática e a necessidade de uma efetiva política nacional de saúde bucal, porque se fala normalmente em saúde, e não se lembra, especificamente, da saúde bucal.

O nosso Governo, o Governo Lula, recentemente, lançou um programa nesse sentido. Aqui, nesta Casa, eu tenho um Projeto, assim como tem a Verª Sofia Cavedon, que trata especificamente desse problema do açúcar na merenda escolar e do controle das cantinas nas escolas, porque isso aí é um gravíssimo problema, não só nas escolas públicas, mas também nas particulares, e esse Projeto, inclusive, está na Ordem do Dia para ser votado. Espero que a sua locução aqui ajude, para que possamos votar esse Projeto, neste ano, já que o Projeto que ofertamos ao Dep. Loureiro e também ao Dep. Proença, um já foi aprovado, e outro está para ser aprovado no Congresso Nacional. E nós, que puxamos esse movimento aqui, ainda não conseguimos aprová-lo na Câmara.

Portanto, o nosso compromisso com a saúde bucal e o nosso compromisso junto a nossa Bancada é de enviar o seu pronunciamento para a Secretária Municipal da Saúde, que é de nossa responsabilidade, assim como ao Ministro da Saúde, que também é de nossa responsabilidade, para que essas instâncias governamentais tenham conhecimento de suas preocupações. Nós enviaremos na íntegra o seu pronunciamento. Obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Raul Carrion está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. RAUL CARRION: Em primeiro lugar, boa-tarde, fazemos nossa saudação ao Dr. Garavello, ao Sindicato dos Odontologistas por esta Semana de Odontologia e, também, queremos prestar a nossa homenagem a Tiradentes, que, além de ser patrono dos dentistas, também é patrono da luta pela independência nacional. Independência nacional, por que, nos dias de hoje, nós ainda temos de prosseguir lutando, porque ainda há muito o que fazer, haja vista, há poucos dias, a ingerência norte-americana sobre a nossa tecnologia nuclear, nos colocando numa situação, como se fôssemos um País sem lei; justo um País pacífico como o nosso.

Nós queríamos dizer que o problema é, realmente, muito grave. São 30 milhões de desdentados no Brasil, os sistemas de saúde pública não os atingem, não têm conseguindo lhes dar uma cobertura. Na verdade, a imensa maioria da população não tem acesso ao tratamento dentário. E, aí, como já referiu aqui o Ver. Adeli Sell, no dia 17 de março - acho que uma grande data para os Odontólogos de todo Brasil -, o Governo Federal lançou o Programa Nacional de Saúde Bucal, o qual pretende, até o final do Governo, atingir 400 postos de tratamento e prevenção bucal.

É importante que as entidades dos dentistas cobrem a realização e a efetivação deste Programa, porque nós sabemos que, entre a programação e, muitas vezes, a realização, há dificuldades financeiras, há dificuldades materiais.

Então, parabéns, mais uma vez, e a Bancada do PCdoB, nessas questões de saúde pública, estará sempre junto com a sua Entidade. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Carlos Alberto Garcia está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Srª Presidenta e Srs. Vereadores, prezado Sr. Rubens Machado, Coordenador do Comitê das Entidades de Classe da Odontologia, primeiramente, em nome do nosso Partido, nós gostaríamos de parabenizá-lo, e, também, de forma pessoal, dizer da importância das entidades de classe. Eu, atualmente, sou profissional de Educação Física e pertenço ao Conselho Federal, e nós sabemos dessas constantes lutas que temos dentro da própria questão da área da Saúde. Eu queria salientar a importância da questão da Odontologia e lembro que, no meu primeiro mandato, o primeiro Projeto em que eu fui dar um parecer, aqui nesta Casa, foi sobre um Projeto de um Vereador que estava propondo dentaduras para pessoas acima de 65 anos. E eu, particularmente, via com bons olhos aquela iniciativa. Mas fui atrás de vários profissionais, odontólogos, que deram um parecer que me chamou a atenção: a grande maioria disse que era meritório, mas que o mais importante era nós construirmos algo na primeira infância. Primeiro, aprendi que, cada vez mais, nós temos de socializar a idéia, e, ao mesmo tempo, fiquei muito mais sensibilizado com a importância da Odontologia, da saúde bucal, da saúde oral, e com os cuidados profiláticos que devermos ter com a nossa população.

Parabéns por essa iniciativa de vocês.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Não havendo mais bancadas inscritas, nós agradecemos a presença do Sr. Rubens Garavello Machado, Coordenador do Comitê das Entidades de Classe da Odontologia, nesta Tribuna Popular, desejando sucesso à sua luta e à sua causa. Muito obrigada por sua presença.

Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

Hoje, o período é destinado a assinalar o transcurso do 70º aniversário do Hospital Parque Belém.

Compõem a Mesa o Dr. José Bonifácio Glass, Presidente do Hospital Parque Belém; o Dr. Manoel Braga Gastal, Presidente do Conselho do Hospital; a Srª Elaine Tweedie Luiz, representante do Prefeito Municipal de Porto Alegre, Sr. João Verle; e o Sr. Luiz Quartieri, representante da Secretaria Estadual de Educação.

O Ver. Ervino Besson, proponente desta homenagem, está com a palavra.

 

O SR. ERVINO BESSON: Srª Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da mesa e demais presentes.) Saúdo também o Dr. Artur Benedito Pereira Filho, Diretor do Corpo Clínico do Hospital Parque Belém, representando o seu Diretor-Geral, Dr. Amir dos Santos, quero saudá-lo com muito carinho, pelo sempre pronto atendimento que este Vereador recebe, pois utilizo muito aquele Hospital; fica aqui o registro e o faço com muito carinho; Dr. Miguel Junqueira Pereira; Dr. Luiz Augusto Pereira, Vice-Presidente da Sociedade Mantenedora do Hospital; Dr. Carlos Alberto Pilla, Assistente Executivo da Direção; Dr. João Carlos Müller, 2º Vice-Presidente do Sanatório Parque Belém; Dr. Luiz Vitola, Diretor-Técnico do Hospital Parque Belém, quero fazer uma saudação muito carinhosa a esta grande família do Hospital Parque Belém. (Palmas.)

Esta grande família merece os aplausos de toda a Casa e da Cidade de Porto Alegre; saúdo também o Sr. Gabriel Centeno, Presidente da Consepro.

Nos primeiros anos do século XX, a tuberculose atingiu tragicamente os países de menor desenvolvimento, o Brasil, entre eles. Atentos ao fenômeno, respeitáveis senhores da indústria, do comércio, do jornalismo, profissionais liberais e escritores reuniram-se, sob a liderança do Professor Manoel José Pereira Filho, para estudar a criação de um hospital dedicado exclusivamente ao combate desse terrível mal.

Assim, em 31 de janeiro de 1934, foi fundada a entidade filantrópica Hospital Sanatório Belém. Porém, durante anos, a nobre intenção dos fundadores não chegou a se concretizar, devido aos sérios problemas financeiros enfrentados.

A conclusão da primeira parte do que hoje é o Complexo Hospitalar do Bairro Belém Velho foi muito difícil. Tão difícil que, em memorável Sessão do dia 9 de setembro de 1937, o então Vereador Dr. Manoel Pereira Filho, no exercício da presidência da Câmara Municipal de Porto Alegre, recebeu indicação de seu colega Kurt Mentz, manifestando a alegria de todos os representantes políticos municipais por ter sido apresentado na Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul um Projeto de Lei concedendo auxílio de 500 contos de réis ao Hospital. Na mesma proposição, o Ver. Mentz pediu que a Mesa Diretora da Câmara dirigisse telegrama ao Presidente da Casa, Dr. Jaime da Costa Pereira, então em viagem profissional ao Rio de Janeiro, pedindo-lhe que intercedesse junto ao Governo Federal no sentido de liberar, conforme palavra do documento, “a prometida subvenção oficial, para que possamos, em poucos meses, ver em funcionamento esse Hospital, que tanto virá atenuar o sofrimento das vítimas da peste branca”.

A preocupação dos Vereadores da época bem mostra a ansiedade de toda a sociedade rio-grandense pela instalação daquele que seria o quartel-general da guerra dos gaúchos contra a tuberculose. Com contribuições populares e auxílio governamental, a Entidade conseguiu adquirir parte da área que abriga o Hospital Belém. Outra parte, de 10 hectares de terra, na área vizinha ao Hospital, foi doada por Dona Matilde Py da Cunha.

Finalmente, em 12 de outubro de 1943 o Presidente Getúlio Vargas...

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Ver. Ervino Besson, V. Exª está com a palavra por mais cinco minutos em Comunicações.

 

O SR. ERVINO BESSON: Obrigado, minha cara Presidenta. O Presidente Getúlio Vargas veio oficialmente inaugurar a instituição, acontecimento esse narrado pela Rádio Farroupilha, pelo locutor - nosso querido que está aí na Mesa e merece os aplausos desta Casa - (Palmas.) Manoel Braga Gastal, hoje com 87 anos, que se encontra aqui para orgulho desta Casa, da Cidade de Porto Alegre e do nosso Rio Grande.

No entanto, uma das maiores dificuldades encontradas para a manutenção do Hospital Belém até o início da década de 50, foi o medo das pessoas de entregarem as doações, porque havia receio de contrair doenças. E o Hospital, também prevendo isso, naquela grande área, produzia hortifrutigranjeiros, conseguia criar galinhas, trabalhava com pecuária e outros tipos de produtos, para amenizar o problema e assim poder alimentar os doentes. Vejam o que essas abnegadas pessoas fizeram há 70 anos para a história desta Cidade, dos nossos doentes que enfrentavam aquele terrível mal.

Durante muitos anos o Hospital Belém esteve ligado à Campanha Nacional contra a Tuberculose, sendo considerado um dos cinco hospitais-modelo nessa área da medicina na América do Sul.

Em 1975, com a tuberculose quase dizimada, o Hospital Belém passou a ser hospital geral sob a designação de Hospital Parque Belém.

Tendo como lema: “Ciência e Caridade”, o Hospital Parque Belém representa uma enorme valia no sentido comunitário. Em 2003, realizou seis mil internações, das quais 83% pelo SUS, e aproximadamente 83 mil atendimentos ambulatoriais, sendo 70% pelo SUS.

Além disso, realiza mutirões na comunidade para integrar docentes e discentes dos cursos do IPA, avaliando em média 600 pessoas da comunidade.

Tendo presente toda essa valorosa história, gostaria que, nestes 70 anos do Hospital Parque Belém, fosse lembrado o Dr. Pereira Filho, que não sossegou enquanto não tornou o sonho dele, o sonho de outros ilustres personagens da época e o sonho da população numa realidade, realidade essa aqui representada por todos os presentes nesta homenagem: diretores, associados, colaboradores, enfim, essa extraordinária e grande família.

Mas faço aqui dois registros a pedido de duas pessoas que receberam o convite e me ligaram, ontem, implorando que fizesse estes registros, os quais faço querendo estender a toda a equipe médica do Hospital, a todos aqueles profissionais, desde o mais simples funcionário até o mais graduado, o carinho que as pessoas atendidas por aquele Hospital têm. Portanto, vou citar estas duas famílias e, ao citá-las, quero estender este carinho, este agradecimento, esta saudação a toda equipe do Hospital. O pai do Marcelo do Tchê Barbaridade, seu Carlos Eurico Cardoso, agradece ao Dr. Roberto e a sua equipe pelo atendimento; hoje, graças a Deus, está recuperado. E também outro agradecimento que eu faço a pedido da família do Guaraci Tse, que agradece ao Dr. Clodoaldo e a sua equipe, pois houve um terrível acidente com ele, e hoje, graças ao Hospital, à equipe médica e aos funcionários, passa bem. Faço então estes agradecimentos.

Como eu já disse, agradeço ao Dr. Artur Benedito Pereira Filho, Diretor do Hospital, por tudo que ele tem feito, juntamente com sua equipe. Eu ocupo muito o Hospital Parque Belém. Do fundo do meu coração, muito obrigado.

E, por último, minha cara Presidenta, o agradecimento em nome da Cidade, em nome do Rio Grande e, sem dúvida, em nome desta Casa, de todas as Vereadoras e Vereadores que aprovaram, por unanimidade, esta homenagem ao Hospital Parque Belém.

Dr. Manoel Braga Gastal, Presidente do Conselho Deliberativo, e Dr. José Bonifácio Glass, Presidente, que Deus ilumine cada vez mais o caminho de vocês. Muito obrigado por tudo que Vossas Senhorias têm feito por esta Cidade e pelo nosso Rio Grande. Que Deus ilumine o caminho de vocês juntamente com essa grande família do Hospital Parque Belém. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Elias Vidal está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. ELIAS VIDAL: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Saúdo ainda os senhores que se encontram nesta Casa não para homenagear a passagem dos 70 anos do Hospital Parque Belém, mas em busca da solução justa para aquilo sobre o que a classe se encontra numa peregrinação já de longos dias. Que os senhores possam alcançar graça - merecidamente - diante dessa luta que os senhores estão travando. (Palmas.)

Não venho normalmente à tribuna nas homenagens, até porque eu sou o Vereador caçula em tempo na Câmara. Portanto, acho que tenho mais a ouvir do que a falar; mais a aprender do que a ensinar. Mas aprendi aqui nesta Casa - e nós, Vereadores, temos mais afinidades com uns do que com outros, isso é normal, é da lei da vida... Eu quero parabenizar o Ver. Ervino Besson. O Ver. Ervino Besson é um daqueles Vereadores por quem todos os demais Vereadores têm um profundo respeito. Eu, particularmente, o respeito muito, porque é um homem que faz a sua legislação com o coração, e a gente precisa de homens que trabalham com o coração. Há outros também, mas quero mencionar V. Exª e parabenizá-lo por propor esta homenagem aos 70 anos do Hospital Parque Belém.

Mas fiz questão de vir aqui nesta tribuna; inclusive o meu Líder de Bancada, Ver. Cassiá Carpes, me fez o pedido pela sua assessoria – porque não havia ainda chegado na Casa devido a um outro compromisso, mas, chegando, fez o pedido –, e eu disse: “Mas eu gostaria muito de falar pelo menos algumas palavras”. E o faço por uma razão muito importante. Primeiro, porque o Hospital Parque Belém é o hospital que teve a sensibilidade, no passado, há muitas décadas, de trabalhar e enfrentar uma doença que era a grande “lepra” do momento, de que as pessoas, os profissionais, mesmo os da saúde, queriam distância, refiro-me à questão da luta contra a tuberculose, a recuperação das pessoas dessa patologia. E esse hospital teve a capacidade, a sensibilidade de atrair para si esse sacerdócio de fazer um trabalho de amenizar a dor e prolongar a vida, devolvendo a vida e a saúde para muitas pessoas, numa época tão difícil de enfrentar essa doença.

Então, meus parabéns para esse Hospital. Pois, décadas depois, em 75, a doença começou, graças a Deus, a desaparecer. Foi controlada a doença, e o Hospital, então, com a sua sensibilidade, pensou: “Nós precisamos nos atualizar ao enfrentamento dos problemas, das patologias”, e esse Hospital trouxe, mais uma vez, um sacerdócio para si. Entre tantas outras lutas, esse Hospital se especializou, e já é referência estadual, no combate às drogas, no socorro às vítimas, no socorro às famílias desesperadas com seus familiares dependentes químicos, quer seja por maconha, cocaína, crack, alcoolismo e todas as demais drogas. Esse Hospital, então, traz para si, mais uma vez, com sensibilidade, essa luta.

Tomara Deus que daqui a algumas décadas, quem sabe, a doença da dependência química possa desaparecer; é um sonho, pelo menos, de todos nós.

O jornal Diário Gaúcho, de ontem, escreveu sobre um jovem que pediu que fosse acorrentado, porque não consegue libertar-se das drogas, e a sua mãe disse que, por falta de informação – conforme um dos trechos do jornal –, não conseguiu o socorro. Então, essa doença que é a dependência química, é uma doença que vem dizimando a sociedade, trazendo sofrimento e violência para toda a sociedade, e o preço quem paga não é só quem usa drogas; os pais sofrem, a sociedade que não tem nada a ver com droga também sofre. Eu nunca usei droga, nunca fumei um cigarro de carteira, nunca tomei uma bebida alcoólica, nunca usei um cigarro de maconha, mas levei um tiro que entrou pelo pescoço e saiu pelo pulmão.

Então, com relação a essa doença da dependência química, o Hospital Parque Belém vem fazendo um trabalho com muita maestria. Eu quero parabenizá-los e pedir a Deus que os abençoe para que os senhores, nesse sacerdócio, nessa missão santa, possam ajudar mais e mais esta sociedade sofrida também pela violência e pelo uso das drogas. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Carlos Alberto Garcia está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo da Verª Clênia Maranhão.

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Verª Margarete Moraes, Exma Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Falo também em nome do Partido dos Trabalhadores e do Partido Popular Socialista, e quero agradecer a Verª Clênia Maranhão por ter cedido o seu tempo, porque hoje eu não estava inscrito.

Eu tenho algumas razões muito fortes para falar do Hospital Parque Belém. Primeiro, eu gostaria de dizer que em 1997, por ocasião do meu primeiro mandato como Vereador, fui ao Hospital Parque Belém para resolver alguns problemas do transporte coletivo daquela Região, porque logo estava iniciando o transbordo e muitos funcionários estavam com dificuldades para chegar ao Hospital, perdendo o seu horário. E lá começamos - eu, na época, como Diretor da Faculdade de Educação Física do IPA - a fazer uma interação com a direção do Hospital.

Em 1999, houve uma parceria, que ocorre até hoje, com as Faculdades de Fonoaudiologia, Fisioterapia, Nutrição, Terapia Ocupacional e Educação Física. E como eu sempre digo, o Hospital é a mão e um dos dedos é a Clínica do IPA-IMEC. E também quero dizer que, há muitos anos, os meus alunos fazem estágio lá, junto ao Cdquim – Centro de Dependentes Químicos, um trabalho maravilhoso de reabilitação.

Nós tivemos outras lutas dentro do Hospital. Uma delas, é que nós entendemos que aquele complexo deve ser o grande Hospital de Pronto Socorro da Zona Sul da Cidade. Essa é uma luta histórica, uma luta antiga, um Hospital de Pronto Socorro para qualquer pessoa que tem um problema de saúde no extremo sul da Cidade.

Imaginem os senhores, por exemplo, do Lami para chegar até o Hospital de Pronto Socorro, leva-se quase uma hora, 40 minutos, ou seja, muitas vezes pode chegar sem vida, e o Hospital Parque Belém teria condições de fazer esse trabalho.

Temos uma luta histórica que ainda não conseguimos ver materializada, que é a extensão da Via do Trabalhador até o Hospital Parque Belém. Lembro-me que o Hospital Parque Belém já disponibilizou uma área para que o terminal, que hoje é na Restinga, pudesse ser ali. Num primeiro momento achavam que era inviável, porque o ponto zero da Via do Trabalhador é a 600 metros do Parque Belém. Mas quando o Hospital disponibilizou aquela área, melhorou. Tivemos, também, a luta para a extensão da linha do lotação que, depois de muito esforço, conseguimos levar até o Hospital Parque Belém, porque a Direção, sensível, também disponibilizou uma área.

Nós queremos parabenizar esse complexo que hoje tem 460 funcionários. Sabemos da dificuldade do dia-a-dia em manter um hospital, um hospital essencialmente filantrópico.

Nós queremos dizer, Dr. José Bonifácio, da satisfação, alegria do povo de Porto Alegre, do povo da Grande Porto Alegre, porque nós sabemos que, às vezes, são mais de 30 mil consultas por mês, e o reconhecimento do trabalho que vocês fazem no dia-a-dia; e dizer que essa luta continua e continuará, porque nós temos a certeza de que o trabalho que vocês têm desempenhado ao longo desses anos fortalece, e favorece muito, a questão da busca da qualidade de vida da saúde do povo de Porto Alegre.

Parabéns, então, pelo trabalho e pelos 70 anos do Hospital. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Eu agradeço pelo pronunciamento do Ver. Carlos Alberto Garcia.

O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Dr. Goulart.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Srª Presidente, Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Tenho a honra de falar em nome da Bancada do Partido Progressista, dos Vereadores João Antonio Dib, Pedro Américo Leal, Beto Moesch e no meu, e, também, em nome do Dr. Goulart que, gentilmente, me cedeu o tempo.

Sciencia et Caritas: Ciência é caridade. A primeira, por natureza racional, pragmática e fria, diante das imagináveis repercussões dos avanços e recuos do seu agir, eqüidistantes das considerações do bem e do mal. A segunda, caridade, inspirada no Evangelho de Cristo, desinteressada de si mesmo, voltada para o outro, fortalecedora de todas as virtudes.

Pois, inspirado por esse lema tão virtuoso e, ao mesmo tempo, tão difícil de ser entendido e cumprido, dado o aparente paradoxo entre os seus elementos, há 70 anos, o Hospital Parque Belém vem prestando serviços à população de Porto Alegre, que seria muito difícil adjetivar, tais sua magnitude e qualidade.

De seu histórico, outros Vereadores, o ilustre Ver. Ervino Besson, proponente desta homenagem, a quem saúdo, já falaram ou ainda virão a falar. Mas o que quero realçar, nesta oportunidade, é a sua importância no panorama da Saúde no momento atual, em Porto Alegre.

Acredito que todas as pessoas aqui presentes, bem como as que nos assistem pelo Canal 16, estão bem a par das enormes dificuldades pelas quais se vê premida a Saúde na Capital do Estado do Rio Grande do Sul. A situação beira a inúmeras dificuldades, sabemos todos. Não quero analisar a situação como um todo, mas vou centrar-me apenas na questão dos leitos hospitalares.

O crescimento da população não foi acompanhado pelo crescimento dos leitos disponíveis nos hospitais; ao contrário, alguns hospitais foram até fechados. A internação hospitalar via SUS é quase loteria nesta Cidade, infelizmente. No entanto, um hospital com o histórico do Parque Belém, que tem uma excelente área construída, que tem um corpo clínico de primeira, que tem uma equipe auxiliar plenamente habilitada, que tem uma Direção devotada e competente, deixa de atender um número muito grande de pacientes, pacientes do SUS, que dormem em filas, e que, às vezes, desistem por falta de esperança, por absoluta falta de recursos.

Não falo, aqui, dos recursos milionários, mas de recursos compatíveis com o atendimento que é necessário dar. Os valores que o SUS paga são ridículos, para não dizer o pior.

O problema não é novo, pois essa situação é semelhante à de muitos hospitais no interior do Estado e do Brasil.

O que desejo pôr em relevo é a necessidade de o Governo olhar de modo diferente para o Parque Belém, atentando para o desperdício que é deixá-lo carente de recursos, como se a Saúde já estivesse muito bem atendida em Porto Alegre.

Esta Casa, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre, tem um compromisso histórico com o Hospital Parque Belém, pois em 1937, três anos após a sua fundação, em penosa situação, já se empenhava e obtinha junto à Assembléia Legislativa a concessão de um auxilio financeiro para dar fôlego à implementação do Hospital Parque Belém.

Reforço, então, o meu apelo para que esta Casa e o Governo Municipal se empenhem no fortalecimento desse importante estabelecimento hospitalar, apelo que estendo à população de Porto Alegre, com certeza a destinatária final dos serviços que, apesar das dificuldades, o Parque Belém sempre prestou.

Parabéns pelos 70 anos a todos os integrantes do Parque Belém, e que Deus Nosso Senhor ilumine os homens públicos de nossos governos para que usem da inteligência para fazê-lo retornar à plenitude de sua capacidade de serviços em favor de nossa Cidade e da população. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Vice-Presidente desta Casa, Ver. Elói Guimarães, está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidenta, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Hoje é uma honra para a Casa poder saudar a instituição, que está fazendo 70 anos. E, se nós voltarmos ao passado, nós vamos ver que lá atrás as disponibilidades hospitalares para a Cidade - e de resto para o Estado - eram muito exíguas, muito poucas e muito pequenas.

Também falo pelo Ver. Raul Carrion.

Quero dizer que o Parque Belém, que era um hospital especializado, hoje é um hospital geral, e que atende, em sua maioria - este é um detalhe para o qual eu quero chamar a atenção -, ao SUS. E quando se fala atender ao SUS é atender de forma economicamente deficitária. É preciso que a sociedade saiba - e sabe a sociedade - que os hospitais que se entregam a atender o SUS, o fazem exatamente pela filosofia que tem o Hospital Parque Belém: a da caridade. Estão fazendo caridade. E é por isso, meus caros dirigentes do Hospital, que estamos aqui falando. Aqui está a Cidade para agradecer. A Cidade de Porto Alegre quer agradecer ao Hospital Parque Belém pela sua história de luta na defesa da vida, na defesa da saúde; é uma instituição que a todos acolheu e acolhe, porque tem como filosofia, exatamente, não só a ciência; a ciência, sim, mas também a busca da caridade, a busca do próximo.

Portanto, é um momento importante para a Casa, e temos dito aqui, temos discutido aqui sobre um Pronto Socorro na Zona Sul. Está aí o velho Belém! Está aí o velho Belém, com toda a sua estrutura, que pode, de repente, cumprir, também, além do que fazem essas finalidades. O Poder, as autoridades federais, estaduais e municipais, olhem para o Belém! Olhemos na direção da Zona Sul para ver o Belém, essa instituição que completa 70 anos e que precisa, sim, da colaboração de todos, porque nas diferentes oportunidades estivemos envolvidos com pessoas junto ao Belém, de longa data, em que ainda naquele período ele atendia as especialidades de tuberculose.

Então, é uma santa casa o nosso Parque Belém.

Meu caro Diretor e dirigentes do Hospital, quero agradecer. Outros oradores já falaram, mas é irrecusável não falar nesta oportunidade para, exatamente, dizer que nós nos sentimos homenageados em podermos homenagear aqui o Parque Belém, pela sua história de sacrifício, de luta, na busca do quê, senão da vida, da saúde dos nossos irmãos e dos nossos conterrâneos.

Portanto, recebam, neste momento, a nossa saudação.

Ver. Ervino Besson, meus cumprimentos a V. Exª pela oportunidade da homenagem que se faz ao Parque Belém quando este completa os seus 70 anos de profícua, santa e sacra finalidade, que é salvar vidas, enfim, curar pessoas.

Portanto, está o Parque Belém de parabéns, e que continue nessa sua caminhada e haverá de continuar. Mas as autoridades e a população têm de olhar na direção do Belém, porque, efetivamente, ele precisa de auxílio, ele precisa de recursos. Para quê? Para atender aos nossos semelhantes. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Eu cumprimento o Vice-Presidente, Ver. Elói Guimarães, pelo seu pronunciamento; cumprimento, também, o Ver. Ervino Besson, por essa bela idéia.

O Dr. José Bonifácio Glass, Presidente do Hospital Parque Belém, está com a palavra.

 

O SR. DR. JOSÉ BONIFÁCIO GLASS: Exma Srª Presidente, Verª Margarete Moraes, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa.) Saúdo os Srs. Vereadores, especialmente o Ver. Ervino Besson, que teve a iniciativa desta homenagem; os meus companheiros de luta que aqui se fazem presentes, em especial os colegas que militam nisto que o Ver. Ervino Besson, hoje, me mostrou claramente, nesta grande família, que é o grupo de pessoas que atuam no Hospital Parque Belém. Chamou-me atenção especial esta citação: “a família do Parque Belém”, família esta que, hoje, orgulhosa, aqui está recebendo esta homenagem. E eu diria que orgulhosa está em poder continuar trabalhando para receber mais homenagens, talvez, ou, pelo menos, para prestar os seus serviços à população.

Mas de longe sou eu a pessoa mais indicada a falar em nome do Sanatório Belém, ou do Hospital Parque Belém. Ao meu lado está o Dr. Braga Gastal, figura ímpar, que faz parte da história política do Município de Porto Alegre, e nosso companheiro de luta ao longo desses 70 anos do Parque Belém.

Por isso, em deferência especial, passo a ele a palavra, para que fale em nome da nossa instituição, agradecendo esta homenagem e dizendo o que vai em nossa alma. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Dr. Manoel Braga Gastal, Presidente do Conselho do Hospital Parque Belém, está com a palavra.

 

O SR. MANOEL BRAGA GASTAL: Srª Presidente desta Casa, senhores Vereadores e Sras Vereadoras, autoridades tantas vezes já nominadas hoje aqui, que me dispenso de fazê-lo, senhores assistentes desta reunião, declarando inicialmente que sou um dos vossos, sou aposentado da Prefeitura Municipal. (Palmas.)

Sou um dos vossos, repito, minhas senhoras e meus senhores. Ao Ver. Ervino Besson, especialmente, minha saudação particular. Nos idos de 1947, iniciava eu uma carreira política que nem sabia seria tão longa como Vereador desta Casa, então sem sede, sem nada mais do que a vontade de servir. Podeis bem avaliar, senhores e senhoras, a emoção de que sou tomado ao, tantos anos depois, voltar a esta tribuna, hoje, especialmente pelo fato de que me cumpre, me toca, agradecer as homenagens prestadas ao Hospital Parque Belém em seus 70 anos de profícua atividade. Recordo aqui aquele dia em que como um jovem speaker – se dizia na época – da Rádio Farroupilha, recebi a incumbência de transmitir, em 1940, a palavra do Presidente da República, Dr. Getúlio Vargas, no saguão do Belém; desde aí, nunca mais me separei do Hospital; a cada festa, a cada efeméride eu era chamado pela Rádio Farroupilha para atuar.

Quero falar muito pouco, porque tanto já foi dito pelos que aqui se pronunciaram a respeito do Belém. Eu até dizia a alguns Vereadores que eles próprios sabiam mais da história do Belém do que eu próprio. Mas quero dizer, especialmente ao meu querido amigo Elói Guimarães, que a sua preocupação com a instalação de um pronto-socorro na Cidade já foi atendida. E eu lembro que o grande Prefeito Loureiro da Silva, de quem tive a honra de ser o Vice, dizia jocosamente: “Gastal, nós precisamos de uma unidade de pronto-socorro na Zona Sul. Imagina que uma pessoa acidentada lá no extremo da Zona Sul pode morrer de fome até chegar ao Pronto Socorro Municipal, se não morrer da doença morre de fome" - tanto levava, em tempo, a ida e chegada até aquele nosocômio municipal.

Temos consciência de que trabalhamos numa cruzada de importância ímpar para a saúde pública. Brinca-se, neste País, de Medicina socializada. Mas como, senhores, poder-se-á considerar socializada uma Medicina, um sistema médico que paga miseráveis cinco reais por uma consulta? Se não tivéssemos confiança completa no corpo médico, poderíamos até imaginar que as consultas médicas de cinco reais são feitas com pressa, sem as determinações científicas para que mais possam ser realizadas e mais retribuam.

Nós temos certeza de que os médicos que compõem o corpo clínico do Belém, como aliás a classe médica rio-grandense, está acima dessas suspeitas, está acima desse pensamento malsão; mesmo mal retribuída, a classe cumpre o seu juramento, a vocação de servir e a idéia de salvar.

Muito obrigado Ver. Ervino Besson, muito obrigado Srs. Vereadores, que aprovaram essa sugestão de V. Exª de emocionar a nós que trabalhamos para o Belém, expressando a homenagem a uma entidade de grandes serviços prestados, uma unidade em que 83% são do SUS, 13% de convênios e apenas 4% para particulares. Uma benemérita entidade, portanto. Muito obrigado (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Eu agradeço ao Dr. José Bonifácio Glass, ao Dr. Manoel Braga Gastal, em nome de quem saúdo e agradeço a presença de toda a família do Hospital Parque Belém, das demais autoridades presentes, e dou por encerrada esta homenagem.

Estão suspensos os trabalhos da presente Sessão para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h46min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães - 15h50min): Estão reabertos os trabalhos após a justa homenagem ao Hospital Parque Belém. Lembro que estamos no Período de Comunicações.

O Ver. Cláudio Sebenelo está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Senhoras e senhores que nos visitam nesta tarde, uma tarde de emoção, pois encontro aqui velhos amigos e companheiros do Hospital Parque Belém, especialmente da família Pereira; Hospital do saudoso e inesquecível Professor Artur Pereira. E eu queria, nos seus filhos, materializar não só a sua presença, mas dar o meu abraço e dizer da felicidade de ter sido, um dia, funcionário do Hospital Parque Belém Novo. Um grande abraço para vocês.

Eu gostaria de incluir na minha fala um tema que é extremamente difícil de ser falado hoje em dia, que é o desemprego. A questão do desemprego está muito ligada à idéia de desenvolvimento, e esta está ligada também à criação de postos de trabalho.

Em nosso Estado, a grande maioria de postos de trabalho que poderiam ter vindo no Governo Olívio Dutra, foram rechaçadas, inclusive, com a saída da fábrica da Ford e a duplicação Chuí/Porto Alegre, que deixou de ocorrer com a saída da fábrica – foi um desserviço prestado ao Estado do Rio Grande do Sul e à sua população.

E, hoje, nós sabemos que o turismo é responsável, a cada emprego direto, por cinco empregos indiretos - e a Cidade de Porto Alegre não tem uma Secretaria Municipal de Turismo. A Cidade de Porto Alegre, agora, é conhecida, no mundo inteiro, pelo Fórum Social Mundial, bem como é conhecida pelo Orçamento Participativo. Mas aquilo que é mais lindo na Cidade está esquecido, que é a sua beleza, a beleza das nossas colinas, o topo dos nossos morros, as vistas espetaculares que têm. Ao invés de belvederes, de restaurantes panorâmicos, de gente vinda de outras cidades, de outras partes do País e do mundo inteiro para a Cidade de Porto Alegre, mantendo um turismo que, pode-se dizer magnífico, pela beleza de seu rio, pela maravilhosa gente que povoou esta Cidade, a Epatur foi fechada e reduzida a um escritório da Secretaria Municipal da Indústria e Comércio. Isso para a nossa vergonha e para a condenação de muitas pessoas que poderiam trabalhar na área de Turismo, hoje estão desempregadas, à semelhança do Programa de Empregos que foi feito no Governo Federal no ano passado, em que 750 mil pessoas seriam aquinhoadas com o seu primeiro emprego. Resultado em um ano de programa: um emprego!

Pois é isso que nós vemos, hoje, aqui, quando se ignora o projeto Porto dos Casais, que é, indiscutivelmente, uma obra calculada para gerar 2.500 empregos. O porto reativaria as suas funções turísticas, e a Cidade abraçaria, novamente, o seu rio por um projeto chamado Porto dos Casais. A Prefeitura não tem condições, não tem dinheiro para financiar a obra; logo, tinha de ter repassado esse projeto ao empresariado, gerando, então, uma grande quantidade de empregos. Fica, hoje, a Cidade de Porto Alegre a dever para os seus munícipes a abertura de postos de trabalho com a criação da Secretaria Municipal de Turismo.

“Não, isso é coisa de burguês, é bobagem e vamos deixá-la, apenas, como um escritório, uma subseção da Secretaria Municipal de Indústria e Comércio”.

É por essas e por outras que a Cidade de Porto Alegre não agüenta mais. É por essas e por outras que a Cidade de Porto Alegre, muito proximamente, vai mudar e dizer “não” para eles; e eu vou votar contra os 11%. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Gerson Almeida está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. GERSON ALMEIDA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, demais pessoas que acompanham a Sessão de hoje, eu quero tratar de dois assuntos. Em primeiro lugar, um recente Relatório feito pela Organização das Nações Unidas - ONU -, em vista dos debates sobre a questão da água, anunciando que hoje um, em cada seis habitantes do Planeta, já não consegue ter acesso à água de forma regular. Isso significa que uma das metas do milênio, que foi definida pelas Nações Unidas num dos maiores encontros de Chefes de Estados das Nações Unidas, recentemente, é diminuir pela metade o número de pessoas, até 2015, que estão sem acesso à água – meta que dificilmente será realizada.

Então, Ver. João Dib, isso significa que, além de termos um sexto da população hoje sem acesso regular à água, 40%, pelo menos, das internações hospitalares já são, hoje, por responsabilidade de doenças originárias da qualidade baixa da água.

De fato, essa é uma questão de extraordinária importância e, portanto, quero com isso realçar o trabalho que, com o apoio da Câmara de Vereadores e do conjunto da Cidade de Porto Alegre, tem sido realizado no sentido de melhorar a qualidade das águas do Guaíba.

De 1989 para cá nós tínhamos apenas 2,7% do esgoto tratado em Porto Alegre; hoje já temos cerca de 27% do esgoto tratado, já é um dos principais índices de Capitais brasileiras. E com o Projeto Sócio-Ambiental, que já estamos muito próximos da assinatura do contrato de financiamento internacional - Ver. João Dib, V. Exª que conhece bem esta matéria. Nós, com o tratamento do esgoto central da Cidade, que vem do arroio Cavalhada em direção ao norte da Cidade, nós chegaremos a 77% do esgoto tratado em Porto Alegre. Aí, sim, colocando-nos em padrão europeu de tratamento de esgoto. É algo que tem uma conseqüência imediatamente positiva na qualidade do conjunto do Guaíba.

Então, de fato, enquanto os cursos d’água urbanos do mundo inteiro têm tido um processo de degradação, felizmente, pelo esforço do conjunto da Cidade de Porto Alegre, nós temos avançado de forma rápida, porque, afinal de contas, em 10, 15 anos foi multiplicado por 10 o nível de tratamento de esgoto, e nos próximos 7 anos, que é o período em que se prevê a implantação do Programa Sócio-Ambiental, poderemos chegar a 77%. Portanto, a importância estratégica e planetária de uma política local que está sendo realizada aqui na Cidade.

Um outro tema relacionado ao que o Ver. Sebenelo trouxe, é a política de recuperação dos portos que está em curso em algumas cidades. O Vereador disse que seria um extraordinário projeto. Na verdade, esta Cidade já discutiu ou tem discutido esse projeto, Ver. Sebenelo, e não gostou dele. Por quê? Em primeiro lugar, porque a exemplo do Puerto Madero, que é usado como ícone em Buenos Aires, o que aconteceu? Uma área popular, a área portuária, passou a ser uma área privada para os ricos da cidade, porque os grandes restaurantes, bares e hotéis que foram construídos no Puerto Madero, em Buenos Aires, não estão disponíveis para os assalariados, para a população. Para entrar lá, Ver. Sebenelo, o senhor sabe bem disso, é preciso ser da elite econômica. Privatizaram uma área de porto, uma área próxima às águas que precisa ser pública.

Por isso, quando houve no Governo Britto a proposta de construção daquele projeto na Câmara de Vereadores e em vários lugares, como no Conselho do Plano Diretor e tantos outros, aquele projeto foi questionado. E agora, Ver. Sebenelo, foi reapresentado, inclusive com a mesma logomarca e com a mesma proposta de outrora.

Por isso eu acho que o próprio Governador Rigotto ligou para o Prefeito João Verle e colocou de forma muito correta, parece-me, uma posição de que nada vai ser executado ali que não seja em acordo entre Prefeitura e Governo do Estado.

Eu gostaria de trazer esse debate. Devemos continuar debatendo, porque é algo bastante importante, de fato, para a Cidade e teremos tempo, agora, para fazer. Agradeço, Sr. Presidente, a oportunidade e me coloco à disposição para fazer esse debate em outras oportunidades.

 

(Manifestações das galerias.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. GUILHERME BARBOSA: Sr. Presidente da Sessão Ver. Elói Guimarães, Colegas Vereadores e Vereadoras, demais pessoas que nos acompanham, municipários de Porto Alegre, ontem foi o dia em homenagem ao nosso grande herói, Tiradentes. Conversando com dois jovens, um de 17 anos e outro de 15 anos, fiquei muito triste e surpreendido, porque nenhum dos dois - e são pessoas de famílias de boa escolaridade - sabiam por que o dia 21 de abril era feriado no nosso País. Eu acho que é uma reflexão que todos nós devemos fazer. Por um lado, talvez, questionemos o nosso sistema de ensino, mas, necessariamente também devemos fazer uma reflexão em termos de sociedade como um todo, na medida em que não há discussão sobre isso.

Os meios de comunicação não se dedicam, realmente, a lembrar quem foi Tiradentes e por que morreu esquartejado. Essa reflexão nos leva também ao fato de que, passados tantos e tantos anos, nós, permanentemente, em termos de País, precisamos estar atentos e lutando, sim, pela independência e liberdade do nosso País. Vejam que há uma tentativa de articulação positiva - embora não completamente adequada - dos países da América Latina, por meio do Mercosul, que acredito não devidamente adequada, porque só se refere à questão comercial, deixando de levar em conta questões culturais, de relações de trabalho e assim por diante. Mas, de qualquer forma, é uma tentativa, sim, de articulação de países em desenvolvimento, países pobres, para conseguir enfrentar o poderio dos países do Primeiro Mundo, principalmente dos Estados Unidos da América do Norte.

Essa reflexão nos leva mais adiante: a gente vê o que aconteceu há pouco e continua acontecendo no Iraque, onde, a partir de uma grande mentira que foi levada a todos os cantos do mundo, o Sr. Bush - que pensa que o mundo é uma relação de caubói - terminou tendo o apoio da Inglaterra e invadindo aquele país sob a desculpa de que o Iraque tinha armas de massacre, armas nucleares, e assim por diante. O tempo passa, e nós vemos que essa era uma grande mentira, invadir um país em que a diferença de poderio militar era enorme. Entraram no país, e agora, o que acontece? Além de ficar comprovado, depois de todo esse tempo que está lá dentro, que não havia armas de extermínio coisa nenhuma – era uma grande mentira –, agora terminou criando um segundo Vietnã. Já morreram muitos mais, várias vezes mais soldados norte-americanos do que no processo da chamada guerra entre Estados Unidos e Iraque. E esse país quer tomar conta da Colômbia, da Venezuela, e assim por diante. Por intermédio da ALCA, quer tomar conta da América Latina como um todo. Então, vejam que esse dia de ontem, necessariamente, tem de servir de reflexão para todos nós, porque é uma luta permanente; deve haver respeito aos países, aos povos. Havia problema no Iraque? Não há dúvida nenhuma. O Sr. Bush tinha de ser tirado do Governo? Sem dúvida nenhuma! Agora, era um problema do seu povo, um problema que se deu por intermédio de uma mentira do povo norte-americano, que, na verdade, queria, sim, era o petróleo do Iraque, como está cada vez mais provado. Muito obrigado. (Manifestação das galerias.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Cassiá Carpes está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CASSIÁ CARPES: Sr. Presidente dos trabalhos, Ver. Elói Guimarães; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, enquanto o Ver. Barbosa fala do Bush, nós queremos falar de Porto Alegre.

 

(Manifestação das galerias.)

 

Nós queremos falar desta Porto Alegre abandonada e queremos elogiar a ação do Ministério Público e da Polícia Civil, que, já na semana passada, limpou as praças, coisa que a FASC não fez.

Nesta semana - pasmem, senhoras e senhores! - na terça-feira - depois ficou meio na surdina, mas eu não esqueci -, saiu no Correio do Povo que a Polícia prendeu uma quadrilha na Casa de Passagem da FASC, ali ao lado do Beira-Rio. Esse pessoal que saiu aqui da frente, do Casarão, a FASC levou para lá, era uma quadrilha! Ora, não sabem que, ao locomoverem esse pessoal daqui, já havia indícios do problema, segundo aqueles que estavam lá. Ver. Besson, V. Exª lembra que aquele pessoal que já estava lá não queria a companhia do pessoal que saiu do Casarão? Terça-feira, no Correio do Povo - quem tiver em casa, olhe -, saiu que lá foi presa uma quadrilha. Ora, casa de passagem... Investimento do povo de Porto Alegre para amparar uma quadrilha, é uma barbaridade!

Nós estamos convidando a FASC para, amanhã, vir aqui, às 10 e meia, para justificar por que não tinha o perfil desse pessoal, por que esse pessoal está tomando, ou tomava o lugar de pessoas sadias, já que a FASC sabe que tem de fazer uma triagem para dar condições de saúde, de alimentação, de habitação. De habitação, porque casa de passagem não é, definitivamente, uma habitação, e sim uma casa de passagem, como já está dito.

Outro assunto que eu quero lembrar aos senhores e às senhoras que estão aqui...

 

A Srª Helena Bonumá: V. Exª permite um aparte?

 

O SR. CASSIÁ CARPES: Estou em Liderança, Verª Helena Bonumá. V. Exª pode, em outra oportunidade, justificar a sua passagem pela Secretaria.

 

(Manifestação das galerias.)

 

V. Exª pode, em outra oportunidade, justificar, nesta tribuna, a sua tarefa, já que a senhora era, anteriormente, Diretora, ou Coordenadora do trabalho da Secretaria dos Direitos Humanos e Segurança Urbana no Município de Porto Alegre. Então, pode muito justificar.

(Manifestação das galerias.)

 

Eu quero dizer que vocês estão fazendo certo! Se vocês saírem um momento dessas galerias, eles terão os 17 votos, essa é a verdade! Se vocês virem um dia aqui o André Passos fazer uma caminhada... Ele não veio ainda, porque ele não conseguiu os 17 votos. Então, fiquem de olhos abertos, não saiam das galerias. Pressão! Porque já existe coisa por trás, a que nós temos de estar atentos. (Palmas.) Então, nesse aspecto, aqueles que bancavam aí dizendo que eram de uma forma têm de ir até o fim! Não podem agora pipocar! Não venham com justificativa de “não, a Paralela não vai ser votada!”. Mas até o Paim está esperando, por que nós não podemos esperar? (Palmas.) O Paim está esperando a promessa do PT! O País está esperando a promessa do PT! Portanto, nós todos vamos esperar a promessa do PT para o Paim: a Paralela. Obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1.ª SESSÃO

 

PROC. 6751/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 476/03, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscollo, que dispõe sobre a instalação de equipamento bloqueador de ar nas tubulações do sistema de abastecimento de água e dá outras providências. (desarquivado pelo Ver. Sebastião Melo)

 

PROC. N.º 1889/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 061/04, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que concede o prêmio artístico “Lupicínio Rodrigues” ao Grupo Pagode do Dorinho.

 

2.ª SESSÃO

 

PROC. N.º 0056/00 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 001/00, de autoria da Ver.ª Maristela Maffei, que denomina Rua Botânica um logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro Lomba do Pinheiro.

 

PROC. 0076/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 006/04, de autoria da Ver.ª Margarete Moraes, que institui o Salão de Desenho Infantil no Município de Porto Alegre e dá outras providências. Com Substitutivo n.º 01.

 

PROC. 0077/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 007/04, de autoria da Ver.ª Margarete Moraes, que institui a Feira de Troca de Livros e dá outras providências. Com Substitutivo n.º 01.

 

PROC. 0078/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 008/04, de autoria da Ver.ª Margarete Moraes, que institui a Semana Municipal da Leitura e dá outras providências. Com Substitutivo n.º 01.

 

PROC. N.º 1341/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 064/04, de autoria dos Vereadores Elias Vidal e Reginaldo Pujol, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Sérgio Maia.

 

PROC. N.º 1710/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 071/04, de autoria do Ver. Nereu D’Avila, que altera dispositivos da Lei n.º 3.187, de 24 de outubro de 1968, e alterações posteriores, que estabelece normas para a exploração do Comércio Ambulante e dá outras providências.

 

3.ª SESSÃO

 

PROC. N.º 3011/97 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.º 025/97, de autoria do Ver. Nereu D’Avila, que reduz o pagamento do IPTU e do ISSQN de toda a pessoa física que assumir, oficialmente, menores ou adolescentes abandonados ou desassistidos, nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente, no Município de Porto Alegre.

 

PROC. N.º 1179/91 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 078/91, de autoria do Ver. Nereu D’Avila, que autoriza o Executivo Municipal a cercar o Parque Farroupilha.

 

PROC. N.º 1858/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 073/04, de autoria do Ver. Juarez Pinheiro, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Toshiaru Araki.

 

PROC. N.º 1841/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 072/04, de autoria do Ver. Beto Moesch, que institui o Programa de Conservação, Uso Racional e Reaproveitamento das Águas nas edificações.

 

PROC. N.º 1908/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 077/04, de autoria dos Vereadores João Carlos Nedel e Aldacir Oliboni, que inclui a Festa de Santa Rita de Cássia no Calendário de Eventos Oficiais de Porto Alegre.

 

4.ª SESSÃO

 

PROC. 0856/04 - SUBSTITUTIVO N.º 01, de autoria do Ver. Cláudio Sebenelo, que dá nova redação ao “caput” do art. 51 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, ao PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA N.º 001/04, de autoria do Ver. Nereu D’Avila. Com Emenda n.º 01.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu, às vezes, reclamo da quantidade de processos que são apresentados à Mesa, à Casa, para serem votados, e não é de graça que eu reclamo. Nós votamos tantos projetos de resoluções, criando prêmios e mais prêmios, semanas e mais semanas, dias e mais dias, e quando chegam as matérias que nós precisamos votar, sobre as quais nós precisamos nos debruçar, nós não temos tempo.

Hoje está em 1ª Sessão – a pressa de fazer leis é impressionante – um Projeto do Ver. Bernardino Vendruscollo, que era do meu Partido, não é mais, que foi apresentado no ano passado, e que dispõe sobre a instalação de equipamento bloqueador de ar nas tubulações do sistema de abastecimento de água e dá outras providências. É uma matéria interessante, precisa ser examinada, precisa sim, mas eu não sei se cabe um Projeto de Lei da forma como aqui foi feito. A Procuradoria da Casa, sobre a qual eu já estou colocando algumas dúvidas, por isso eu disse que nem sempre nós temos tempo de estudar o que deve ser estudado, esquece de que precisa ser respeitada, e que impõe respeito fazendo as coisas certas. Então, nesse caso, a Procuradoria, por meio do Dr. Velasques, Procurador-Chefe, diz que há problemas na apresentação do Projeto; ele fala juridicamente. Eu já coloco tecnicamente algumas dúvidas, se seria este o Projeto, se seria o caso de conversar com os técnicos do DMAE para saber como fazer o melhor. Ele já diz aqui que o aparelho bloqueador de ar, nas tubulações, pode ser colocado antes ou depois do hidrômetro. Bom, depois do hidrômetro já não serve mais para nada, é o entendimento, porque aí já marcou no hidrômetro. Então, eu acho que não deveria ser um Projeto de Lei. Chamar os técnicos é necessário, quando houver uma solicitação do contribuinte, quando ele tiver dúvida, que levem lá o equipamento e que façam verificação, porque a colocação desse bloqueador de ar nas tubulações não será gratuita. Ele está aqui dizendo que será paga, será feito o requerimento e pago. Eu achava que, talvez, fosse melhor - já que a idéia é interessante e importante - ser examinada por quem, realmente, tem conhecimentos técnicos para fazê-lo. Então vejam que jurídica e tecnicamente o Projeto tem dificuldades.

Agora eu, às vezes, penso que não vale a pena estudar, porque nós não temos tempo. Nós gastamos o nosso tempo em semanas, dias e feriados e não sei quantos mais aí que são criados sempre. Então eu expressei aqui, dei-me ao trabalho de estudar, alinhei dados, coloquei dúvidas, e a Procuradoria nem leu o que escrevi. Nem leu! Apenas emitiu uma opinião, que já havia emitido no ano passado, em que o Presidente da Casa, com a isenção que o acompanha sempre, pediu o Parecer e não disse nada. Eu não encomendei o Parecer, eu pedi o Parecer. Como eu tinha muito mais o que fazer, não podia fazer a análise.

 Agora, neste ano, foram apresentadas uma série de razões, e o Prefeito vai viajar para a França. Quem substituirá o Prefeito? Eu gostaria de saber, porque eu pedi para a Mesa e para a Procuradoria para examinarem o problema e dei razões, mas nós não temos tempo. Nós temos de estudar projetos de lei que não têm sentido nenhum e, cada dia, temos uma meia dúzia deles. É o caso até da bimestralidade, que não foi estudada com carinho que deveria ter sido estudada, apesar da Comissão de Justiça ter dito que era para pagar, mas nós não tínhamos tempo no plenário para examinarmos o problema. A Comissão de Justiça disse que tinha razão, que tinha de pagar, mas ficou só por isso mesmo. Saúde e PAZ! (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Renato Guimarães está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. RENATO GUIMARÃES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, comunidade que acompanha esta Sessão, eu acho que é importante, Ver. João Antonio Dib, lembrar que, quando V. Exª fala de relação com funcionalismo público, deve ter experiência, porque foi Prefeito desta Cidade, e eu me lembro em que situação se encontravam os servidores públicos na época em que V. Exª era Prefeito. Então, V. Exª fala com conhecimento de causa.

 

(Manifestação das galerias.)

 

A Pauta, também, é recheada de um conjunto de Projetos, e o Ver. João Antonio Dib sempre abre o debate aqui da Pauta dizendo do excesso de projetos nela contidos. Mas uma significativa quantidade desses projetos, Vereador, são de sua Bancada. Poderia ser feito um debate na sua Bancada, no sentido de que se discutisse a iniciativa de projetos, porque parece - e eu sempre cobro esse tipo de postura -, que a gente vem a esta tribuna com um grau de isenção de não pertencer a um Partido político, de não pertencer a uma Bancada, de podermos vir aqui, assumirmos qualquer posição política sem estarmos comprometidos com um projeto. E não é verdade; todos nós sabemos aqui dentro na Câmara que os Vereadores são eleitos por meio de uma proposta partidária, e V. Exª me parece que vem de um Partido político que tem um conjunto de propostas aqui.

(Manifestação das galerias.)

 

Eu também gostaria de destacar, aqui – e já tinha feito isso na Sessão passada –, que o debate a respeito do cercamento do Parque da Redenção, toda vez que vem a esta Casa, por proposição de lei, vem sempre tentando responder a questão da Segurança Pública. Vou reafirmar: é um equívoco tratarmos da questão da Segurança Pública no Parque da Redenção tratando da questão do cercamento. Acho que é equivocada essa posição. Vamos discutir a questão de Segurança Pública no Parque da Redenção por um conjunto de outras iniciativas, agora não vamos trazer mais insegurança à população que circula no Parque da Redenção fechando-o, vou novamente afirmar isso.

Acho que o debate que o Ver. Beto Moesch está trazendo à Pauta, Ver. João Dib, Vereador da sua Bancada, que tem um Projeto na Pauta aqui a respeito do uso racional da água, é de tamanha importância. Acho que esta Casa deve até estar construindo, no conjunto da Legislação que trata da questão urbana, a possibilidade de estar debatendo essa questão da utilização racional, da utilização inteligente da água.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Renato Guimarães, é importante, realmente, o Projeto do Ver. Beto Moesch. Tão importante que ele aceitou ouvir as alterações necessárias. Ele colocou para ser agregado, para ser acrescido. É importante.

 

O SR. RENATO GUIMARÃES: Que é o papel desta Casa. Muito bem, Ver. João Dib. É esta função central do debate que a gente faz aqui em relação à Pauta, da necessidade de nós estarmos cotejando, estarmos trocando as idéias antes que a gente faça essas idéias virar um Projeto de Lei, virar uma lei no Município.

Eu encerro dizendo que a Vereadora Margarete Moraes... Não vai ter vaias? Não. Então vamos continuar.

 

(Manifestações das galerias.)

 

O SR. RENATO GUIMARÃES: Eu encerro dizendo que a Verª Margarete Moraes traz ao debate um Projeto, aqui, de tamanha importância, que é nós criarmos um espaço para as expressões artísticas infantis na Cidade, criando um salão específico. Acho que é de tamanha importância a gente poder estar criando na área cultural, um espaço específico para a criação cultural das nossas crianças. Muito obrigado pela atenção de todos.

 

(Manifestações das galerias.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. Cláudio Sebenelo está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, queria trazer para o debate aqui a questão do cercamento do Parque Farroupilha. Existem dois grandes tipos de sentimentos do ser humano ligados ao seu desprendimento logo após o nascimento, e depois, com o crescimento do neném, nós temos dois grandes tipos de sentimento: um, que se chama o sentimento de prisão, um sentimento de claustro, um sentimento de fechado; é aquele sentimento que nos abate quando pára o elevador na metade do andar e não temos como sair.

O outro sentimento é exatamente o contrário.

Na Grécia antiga, uma das partes da cidade chamava-se de ágora, que era o lugar aberto, lugar das praças, o lugar do sentimento de liberdade, contrário ao sentimento de prisão.

O Direito descobriu isso com muita antecedência e, em vez de supliciar as pessoas, de bater nas pessoas, descobriu que esse sentimento é muito mais lesivo para as pessoas, e a punição, então, é a perda da liberdade, é a prisão. São os dois sentimentos: um de liberdade e outro de aprisionamento.

Pois é exatamente disso que quero falar para vocês: a questão do cercamento do Parque Farroupilha.

Não! Não se pode cercar o Parque Farroupilha por um só motivo: o Parque Farroupilha é a representação psicológica da liberdade. É a representação do poder de entrar e sair de uma estrutura maravilhosa, de toda a Cidade, de todas as pessoas e, principalmente, pelo seu tamanho. Não adianta fechar o Parque Farroupilha, porque, lá dentro, as pessoas cometerão as mesmas infrações, e se criará, lá dentro, uma outra questão social igual à que está fora do Parque Farroupilha.

Por isso, mas principalmente, pela verba astronômica que é necessária para o fechamento dos parques, por outras áreas das administrações estarem extremamente carentes de recursos, a colocação de recursos nessa área faz com que, além de cercear as pessoas num ambiente que passa a ser fechado, que passa a ser prisional, que passa a ser de claustro, além disso, fazemos a idéia pelo ambiente e pelo inconsciente coletivo, as pessoas jamais se sentirão bem quando estiverem em estabelecimentos dessa natureza, fechados.

O que precisamos é de liberdade, é de abertura, é de oxigênio e, principalmente, de liberdade de movimentos, e isso não tem paga, isso é um sentimento magnífico, isso é um sentimento que nós temos de passar para as nossas crianças e para as próximas gerações como uma das melhores coisas do sentido humano, de que nós nunca poderemos abrir mão, que é o nosso sentimento de liberdade. Isso fere o nosso sentimento de liberdade, isso nos deixa com sentimento de prisão, de punição, e por isso somos completamente contra a idéia de fechamento do Parque da Redenção, mas, principalmente, por desvio de grande quantidade de dinheiro necessário para esse fechamento e que poderia, perfeitamente, ser aplicado em outras áreas, como a minha área, a área da Saúde, tão necessitada e que seria uma via fantástica... (Palmas.) Obrigado. Num País que concentra muito a renda, nós queremos que esse dinheiro do povo seja desconcentrado por uma das vias mais preciosas que existe, que é a via da Saúde, uma via que dá às pessoas o direito de serem bem atendidas, num País que sempre gastou pouco e mal em saúde. Então, Parque da Redenção aberto e “não” aos 11%. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras, senhores, servidores e servidoras da municipalidade, hoje, em substituição à Verª Maristela Maffei, ocupo esta tribuna para discutir um Projeto do colega Ver. Nereu D’Avila, como fez também o Ver. Cláudio Sebenelo. Hoje, ao discutir o cercamento do Parque Farroupilha - e esta é uma discussão seriíssima, Ver. Isaac Ainhorn -, nós temos de lembrar algumas coisas que foram feitas no último período, apesar de um sujeito ter dito que os problemas de insegurança do Bom Fim são de responsabilidade do Ver. Isaac e do Adeli Sell, fomos nós exatamente que combatemos, no último período, o conjunto de inseguranças, como também a Verª Helena Bonumá acompanhou e trabalhou nesse sentido. Na frente do Mercado Público do Bom Fim, que faz parte do Parque, nós tínhamos uma tomada total e absoluta de punks, de drogados, aos domingos, nos finais de semana e, exatamente por uma ocupação ordenada, disciplinada, nós conseguimos eliminar essa situação de intranqüilidade. Em vários momentos, nós trabalhamos com as associações locais, muitas vezes o Ver. Isaac Ainhorn participou, a Ver. Helena Bonumá, na titularidade da Secretaria de Direitos Humanos e Segurança Urbana, participou ativamente disso; algumas questões gravíssimas foram eliminadas e me parece que isso está sendo esquecido.

 

O Sr. Isaac Ainhorn: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Adeli Sell, eu quero dizer que a sua gestão, sobretudo no que diz respeito às ações em relação ao Mercado Bom Fim - e eu sou testemunha disso -, e em relação ao Parque Farroupilha também, pelo apoio que deu ao Conselho dos Usuários do Parque Farroupilha, são irretocáveis, merecem o nosso reconhecimento e merecem o nosso louvor; ao mesmo tempo em que divirjo das suas ações violentas, fortes, rigorosas, contra os camelôs no Centro da Cidade. Mas sei que V. Exª é um homem que procurou corrigir, perseguiu a correção. Agora, eu estou apresentando - eu quero lhe dizer - e vou apresentar, mas não apresentei ainda, e se algum outro aventureiro o fizer, também não vou ficar brabo, porque eu estou redigindo, mas, como eu não tenho essa preocupação de autoria e tal, eu quero dizer a V. Exª que acho que há uma depredação dos monumentos do Parque Farroupilha – sobretudo os do Parque Farroupilha -, é ali que é o problema. Não vamos transformar o Parque Farroupilha num campo de concentração! Essa visão do cercamento do Parque Farroupilha é completamente inócua, porque vão acuar as pessoas lá dentro, fechadas, e elas não vão ter nem mais para aonde correr! (Palmas.) Infelizmente, vão ficar trancadas. Desculpe-me por fazer esse discurso, mas eu quero cumprimentá-lo, gostaríamos de vê-lo do nosso lado nessa questão que estamos debatendo sobre a previdência dos municipários. (Palmas.) Infelizmente, nós sabemos que, se V. Exª tomar uma atitude diferente, será expulso do seu Partido!

 

(Manifestações das galerias.)

 

O SR. ADELI SELL: Ver. Isaac, nós temos essa preocupação com o Parque Farroupilha, porque é o Parque de todos nós, não apenas do Bom Fim, não apenas da região. Quando nós combatemos o conjunto de ilicitudes, inclusive praticadas ali, nós estávamos ajudando exatamente para que as pessoas pudessem, a qualquer hora do dia ou da noite, freqüentar aquele espaço. Há um debate extremamente importante como este na Cidade, e outros tantos. E nós, como nunca nos furtamos de qualquer debate, de ouvir qualquer opinião, continuaremos a ter opinião e posição sempre que for necessário. Muito obrigado.

(Manifestações das galerias.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Solicito que seja mantido silêncio nas galerias.

O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. GUILHERME BARBOSA: Srª Presidenta, demais colegas Vereadores e Vereadoras, demais pessoas que nos acompanham nesta discussão preliminar de Pauta, queremos também discutir, acho que, assim como o Ver. Dib, ficamos desafiados a discutir esse Projeto do Ver. Bernardino Vendruscollo, com relação à instalação de equipamento bloqueador de ar nas tubulações do sistema de abastecimento de água e que dá outras providências.

Na Exposição de Motivos, o Vereador afirma que a preocupação do seu Projeto, Ver. Pedro Américo Leal, é de evitar que nós paguemos ar em vez de pagar água. Em algumas situações a tubulação deixa entrar ar e, por isso, nós pagaríamos ar em vez de água, na medida em que o ar também giraria o hidrômetro. E isso é verdade. O Ver. Bernardino tem razão. No entanto, já que temos cada vez mais, felizmente, um sistema de abastecimento de água em que as ocasiões de corte do abastecimento têm sido cada vez menores, significa que essa possibilidade técnica também ocorre cada vez menos, numa freqüência baixíssima. E, cada vez que ela ocorre, o percentual de giro de um hidrômetro também é um valor absolutamente irrisório.

Ora, sendo assim, vejam que o Vereador, talvez se precavendo com relação à possível inconstitucionalidade da lei, determina que o custo da colocação desses aparelhos seja bancada pelo consumidor, Ver. Dib. E eu não sei se Vossa Excelência concorda, mas eu não tenho dúvida em afirmar que o custo desse aparelho a ser colocado para evitar que nós possamos pagar ar em vez de água seria, com certeza, hoje, em Porto Alegre, muitas vezes maior que isso que nós estávamos pagando, um pequeno acréscimo, um pequeníssimo acréscimo na nossa conta mensal. Embora não seja obrigatório, o cidadão é que vai pedir ao DMAE para colocar esse equipamento. Embora o Vereador parta de uma questão verdadeira, de uma preocupação com o usuário, é uma lei fadada ao fracasso, porque se, por um lado, a entrada de ar nas tubulações é cada vez menor e o acréscimo é também absolutamente irrisório, o custo do aparelho vai custar muitas vezes mais do que aquilo que alguém, durante um longo tempo na sua residência, poderia pagar a mais.

Portanto, apesar da boa intenção do Ver. Bernardino, acho que é uma lei que não tem possibilidade, depois, de se efetivar. Muito obrigado.

 

(Manifestações das galerias.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Encerrada a Pauta.

O Ver. Pedro Américo Leal está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Exma Srª Presidenta, Srs. Vereadores, povo que me escuta, as Câmaras Municipais, as Assembléias Legislativas, a Câmara Federal e o Senado são casas de ressonância. Por que são casas de ressonância? Porque tudo aquilo que o povo sente e deseja vai bater na Câmara Municipal, no Senado, na Assembléia Legislativa, para tornar-se uma postulação. Por isso que tenho de vir aqui, nesta tribuna, criado que fui na caserna, com 17 anos de idade, sem pai, mãe pobre, e o Exército me acolheu e fez com que eu triunfasse. Se o triunfo pode ser dito, o triunfo é uma solução de continuidade. Abril, na verdade, é um mês de comemorações. O que a Pátria pede de nós? O que a família pede de nós? A Pátria é a família, a família é a Pátria; é a Pátria ampliada, já dizia Olavo Bilac. Tudo aquilo que se passa, por exemplo, comigo, se passa com a Pátria. No mês de abril, estamos comemorando os 60 anos do Pronto Socorro. Quanto devemos ao Pronto Socorro, essa instituição que nos acolhe! Qual a família aqui presente que já não recorreu ao Pronto Socorro? (Palmas.)

Ao Pronto Socorro me dediquei por bastante tempo; há uns três anos não vou por lá, mas todos sabem, tive muito amor ao Pronto Socorro.

O Dia do Índio, esse esfacelado contingente que hoje se apresenta em 25 mil, se tanto; já foram dois a três milhões. O Dia de São Jorge, 23 de abril - vou lá fazer o meu culto a São Jorge -, que também é o Patrono da Infantaria do Exército Brasileiro, poucos sabem disso. O dia 19 de abril, dedicou-se ao Dia do Exército, ao dia da nacionalidade, quando a Pátria despertou, em 1648, na Batalha dos Guararapes, há pouco tempo dedicado ao Dia do Exército. Brancos, índios, negros, mulatos, cafuzos, deram o grito de basta para o holandês organizado e capaz, mas um intruso. Foi o meu colega, Ministro do Exército, Carlos Tinoco Ribeiro Gomes, o criador dessa data. Em princípio, não gostei dessa data. O dia 25 de agosto deveria ser o dia de Caxias. Por que não conservar Caxias como o Dia do Exército? Mas o Tinoco, meu colega de turma, resolveu fazer essa sugestão, e que foi aprovada. Não discuto!

O Comandante do Comando Militar do Sul, General-de-Exército Renato Cesar Tibol da Costa, no dia 19, conduziu a solenidade, encaminhando as palavras do Comandante do Exército, General-de-Exército Francisco Roberto de Albuquerque, numa hora em que o Exército é motivo de brincadeira e de chacota por uma proposta levada a efeito por um tal de Secretário Garotinho que, desconhecendo a grandiosidade do Exército Brasileiro, propôs que tropas do Exército - 4 mil homens, todos leram - fossem colocadas ao seu comando para ele fazer o patrulhamento da Rocinha e do Vidigal...

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Por favor, Ver. Pedro Américo Leal, o seu tempo se esgotou.

 

O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Na solenidade, Presidenta, foram entregues diplomas dos colaboradores do Exército e da Ordem do Mérito Militar. E por que é que eu estou vindo aqui, à tribuna, falar sobre o Dia do Exército? Porque todas as famílias precisam cultivar e cultuar essa brasilidade que está esmorecendo, e os nossos filhos serão atingidos por esse descaso. Esse descaso atingirá os nossos filhos! (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Por favor, Ver. Pedro Américo Leal, conclua.

 

O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Não se iludam! Esse descaso vai atingir os nossos filhos, eu sei, porque fui criado num Corpo da Guarda. Com 17 anos, fui para uma caserna e nunca mais saí. Estou aqui, e vocês sabem a grandiosidade do Exército que me deu tudo o que tenho, que me fez cidadão honrado, tanto quanto possível, para poder ser eleito sete vezes, sem pedir um voto. Muito obrigado.

 

(Manifestações das galerias.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Cláudio Sebenelo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Mais do que tem que votar, tem que ganhar! (Palmas.) Srª Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, ilustres pessoas que nos visitam. O jornal Diário Gaúcho, de hoje, publica uma reportagem: "A CPI da Saúde está travada na Justiça".

Nós tivemos uma imensa tarefa de trazer para discussão em Plenário, e depois se instalou a CPI que vai apurar as calamidades, o caos na área das emergências hospitalares, nos postos de saúde. Ainda, nesta madrugada, eu estive num posto de saúde, com todas as suas cadeirinhas e as pessoas vendendo por 10 reais o seu lugar na fila.

Mas o que realmente passa a ofender o cidadão comum é a afirmação de que a Oposição aqui da Casa, nós, da Oposição, somos os culpados. O Ver. Carlos Pestana, Líder da Bancada do PT, diz que os Vereadores da Oposição emperraram o processo. Essa foi uma das melhores piadas que eu já li em jornal, porque se houve alguém que lutou, que tentou de todas as maneiras instalar a CPI, contra tudo e contra todos, conseguimos, e, hoje, estamos suspensos por mandado judicial. Se alguém está sentado em cima disso, eu peço - tenho andado por muitos gabinetes de advogados, juizes e desembargadores - a decisão imediata, porque essa espera é desumana para os pacientes de Porto Alegre, assim como esta espera por que vocês estão passando hoje, não é uma espera simpática e muito menos agradável, mas é uma espera. (Palmas.) E nós vamos continuar esperando, nós não vamos desistir.

 

(Manifestações das galerias.)

 

Por isso, desgraçadamente, com o pequeno tempo que nós temos de cinco minutos – e a vontade de todos os Vereadores é votar hoje -, nós queremos, de todas as maneiras, dizer a vocês que vamos até o fim e não vamos afrouxar um segundo na questão da CPI da Saúde, seja ela antes, durante ou depois das eleições. (Palmas.) Não nos interessa, nós estamos lutando, e não é apenas por uma questão momentânea, eleitoral, mas exercendo o verdadeiro direito da defesa legítima dos nossos pacientes, porque, atuando na ponta do sistema, nós sabemos o quanto dói, o quanto é duro, o quanto é delicado para uma família ter um paciente atirado numa emergência de um hospital de Porto Alegre, muitas vezes, sem condições. E o meu pedido é motivado por um fato de um paciente meu que morreu e que me disse: “A pior dor que eu tenho é ter de esperar que outro paciente morra para eu poder ocupar um leito, porque não há leito”. Isso foi muito duro, foi muito doído para mim e para todas as pessoas que estavam, naquele momento, trabalhando. E, hoje, então, nós sabemos que, mais dia, menos dia, a verdade virá à tona, não esse tipo de mentira aqui, mas uma verdade libertadora, esclarecedora, e, principalmente, indo em busca da solução de um dos maiores desafios da história desta Cidade, que é dar aos seus munícipes a felicidade, a tranqüilidade de ter um serviço à sua disposição, com gente disponível, com proximidade da sua residência, e, principalmente, com um acesso muito mais fácil do que nós temos hoje, quando existem, às vezes, bolsões de 15, 20 mil pessoas sem ter direito a um posto de saúde. Isso não é no Interior do Acre, não é no Interior do Amazonas; é dentro da Cidade de Porto Alegre, e é por isso que nós lutamos, assim como vamos lutar até o fim e festejar juntos o “não” aos 11%. (Palmas.)

 

(Manifestações das galerias.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 16h54min.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes - 16h55min): Estão reabertos os trabalhos. Eu peço que a Diretoria Legislativa desconte um minuto deste tempo até o final da Sessão.

O Ver. Raul Carrion está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

(Manifestações das galerias.)

 

O SR. RAUL CARRION: Exma Verª Margarete Moraes, Presidenta desta Casa, demais Vereadores e Vereadoras, todos que nos visitam no dia de hoje no seu legítimo direito de pressão e mobilização, todos os que nos assistem nas suas casas, nós queríamos, em primeiro lugar, fazer um convite a todos para que, no dia de amanhã, que é o Dia Mundial do Livro e do Autor, às 14h, compareçam à Sessão Solene que esta Casa estará realizando em homenagem aos 50 anos da Feira do Livro de Porto Alegre, evento que teve a sua primeira edição no ano de 1955, de iniciativa dos livreiros, editores, trabalhadores do livro, num País onde esse trabalho é um verdadeiro sacerdócio, num País aonde as edições dos livros chegam, apenas, a uma tiragem de 2 mil exemplares.

Também queríamos fazer um convite a todos - já o fiz, pessoalmente, à maioria dos Vereadores - para o Seminário que se realizará neste sábado, no Plenarinho da Assembléia Legislativa, que inicia com o tema “Avanços e Impasses do Novo Brasil”. O primeiro debate, às 14h30min, será sobre a situação internacional e a política externa brasileira. É um seminário realizado pelo Instituto Maurício Grabois, pelo Centro de Debates Econômicos, Sociais e Políticos do Rio Grande do Sul, Opinio Iuris, Atempa, dos funcionários municipais, professores, trabalhadores da educação, Assufrgs, Semapi, Sindiserf, Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos; Federação dos Bancários; Sindicato dos Bancários e Federação dos Comerciários.

Serão palestrantes o Engenheiro Darc Costa, Vice-Presidente nacional do BNDES, e o Historiador, Professor da UFRGS, Paulo Vizentini. Caberá a mim, como Presidente do Instituto Maurício Grabois do Rio Grande do Sul, a coordenação dos debates.

O Seminário seguirá no dia 8, com debate sobre um novo projeto de desenvolvimento para o Brasil.

Queremos aproveitar também o tempo de Comunicação de Líder para registrar aos colegas Vereadores que, na tarde de amanhã, às 17h, teremos uma audiência com o Chefe de Gabinete do Prefeito, Professor Delmar Steffen, para discutir um pretenso convênio, que estaria sendo concertado entre a Prefeitura e a Federação de Tênis do Rio Grande do Sul, onde o Parque Tenístico José Montaury, ali da 24 de Outubro, em frente à Caixa D’água, estaria sendo entregue para a Federação de Tênis de Porto Alegre, na prática, no nosso entender, privatizando um espaço público. O Conselho de Usuários do Parque nos procurou, inconforme com a situação, principalmente porque não foram consultados; inclusive, é o Conselho que mantém esse espaço público e que luta, Verª Helena Bonumá, para que os espaços públicos continuem públicos e não sejam privatizados.

Tivemos uma boa acolhida do Chefe de Gabinete, conversaremos amanhã, e traremos, oportunamente, a discussão para esta Casa.

Para concluir, queremos registrar a nossa estranheza: no dia 20, terça-feira, a Comissão de Direitos Humanos da ONU aprovou a resolução em favor dos direitos da criança, que pede a abolição da pena de morte para os menores de 18 anos, a não-existência de tortura aos jovens, o combate ao tráfico de crianças, e um único país, dos 53 membros do Conselho de Direitos Humanos da ONU, votou contra, Ver. Leal. Imaginem que país é este! Contra a resolução em defesa dos direitos da criança, o único país! Os Estados Unidos da América do Norte se negou a votar uma resolução pelos direitos da criança!

Deixamos aqui registrado o protesto do PCdoB a essa potência que esmaga os povos do mundo e sequer aceita a defesa dos direitos das crianças. Muito obrigado.

 

(Manifestações das galerias.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Estão suspensos os trabalhos até que haja condições.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 17h.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes - 17h01min): Estão reabertos os trabalhos.

A Verª Clênia Maranhão está com a palavra em Comunicação de Líder.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Srª Presidenta, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, queria saudar a presença numerosa daqueles que por tantos dias acompanham os nossos trabalhos, os municipários, (Palmas.) tendo em vista que, logo mais, com o retorno de algumas Bancadas que se encontram reunidas fora do plenário, neste momento, trabalhando exatamente este tema, daremos início às votações da questão da Previdência. Mas, enquanto não chega o período da Ordem do Dia, que é exatamente o período da votação, queríamos fazer duas breves considerações sobre dois temas que ocuparam os noticiários gaúchos e que se referem a duas questões extremamente valiosas para as pessoas que defendem a questão da reparação das injustiças e a questão da liberdade, da democracia, dos direitos de gênero e dos direitos raciais.

Durante muito tempo, nos últimos anos, nós temos acompanhado uma polêmica que se estabeleceu no Rio Grande do Sul, referente à ocupação dos cargos pelas mulheres na Brigada Militar. Pasmem as senhoras e os senhores, apesar de, desde a Constituição Brasileira de 1988, nós termos conseguido, na Carta Magna Brasileira, a igualdade entre os homens e as mulheres, uma legislação no Estado do Rio Grande do Sul impedia que as mulheres na carreira da Brigada Militar exercessem o cargo de Coronel da Brigada Militar. As mulheres poderiam ter a mesma competência, poderiam ter as mesmas habilidades, porém, por uma política discriminatória, elas eram impedidas de assumir a sua condição de Coronel na hierarquia da Brigada. Eu acho que uma instituição tão forte, tão importante, histórica no Estado do Rio Grande do Sul, não poderia continuar convivendo com uma situação discriminatória. Com a ADIn realmente foi garantida a modificação a partir de uma intervenção da Assembléia Legislativa apoiada pelo Movimento de Mulheres, apoiada por enorme quantidade de mulheres e homens da Brigada que queriam realmente colocar a Brigada Militar nesse patamar de modernidade. Então as mulheres brigadianas venceram a luta pela democracia e igualdade, mas eu acho que ela é uma conquista que deve ser comemorada por todas as mulheres. Hoje, homens ou mulheres da Brigada Militar terão o critério da competência e do seu compromisso com a instituição como critério de prorrogação dos seus trabalhos e como ocupação dos cargos de Coronel, independentemente de serem homens ou mulheres.

A outra questão a que eu queria me referir também e que nós temos que comemorar hoje, no Rio Grande do Sul, é referente a um avanço na luta daqueles que são comprometidos com a garantia dos direitos dos quilombolas. Para os que não sabem, os quilombolas são os moradores dos quilombos, os habitantes afro-descendentes; durante séculos suas famílias viveram nessas terras e foram expulsas, e a Justiça, muitas vezes, dava ganho de causa aos novos ocupantes, expulsando os descendentes dos escravos das suas terras.

A política desenvolvida, inclusive em Porto Alegre, para garantir a permanência dos remanescentes dos escravos nas suas terras é uma luta que tem sido desenvolvida por vários parlamentares, pela Fundação Palmares, hoje pelo Ministério, contra a discriminação racial, pelo Governo do Estado, pela Prefeitura de Porto Alegre, e, seguramente, por este Parlamento. Portanto, temos de comemorar mais esse avanço na luta pela garantia das terras dos quilombos aos seus remanescentes. São vitórias da democracia, da modernidade, da igualdade de direitos e oportunidades, que eu não queria deixar passar, aqui, na tarde de hoje.

 

(Manifestação das galerias.)

 

(Não revisto pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes, colegas Vereadores e colegas Vereadoras, eu vejo a ansiedade da platéia dos municipários em votar essa matéria, e eu acho que eles têm razão. Das duas, uma: ou a Liderança do Governo retira do Projeto o art. 81, e a gente vai, então, fazer uma mesa de negociação - esse é um caminho, mas me parece que a liderança do Governo não quer caminhar nessa direção; essa insistência já foi feita por mim e por vários outros Vereadores -, ou que vote o Projeto. Porque, senão, nós vamos ficar aqui ad aeternum, e não podemos ficar, porque a Casa tem uma série de outros Projetos, também importantes, que têm de ser votados.

Portanto, na nossa avaliação, de duas, uma: ou retira-se o Projeto de Pauta ou vamos enfrentá-lo.

(Manifestação das galerias.)

 

Que cada um coloque a sua posição no painel da votação!

Eu quero trazer novamente à tona, neste espaço de Liderança, a questão da propaganda do Município de Porto Alegre. Pego o Diário Oficial do dia 1º de abril, na sua página 12, que diz assim: “Inexigibilidade de licitação. Contratante: Município de Porto Alegre, Departamento Municipal de Águas e Esgotos”. Aí contrata a RBS TV, a Bandeirantes, a SBT, a TV Guaíba, a TVCOM, a MTV, totalizando R$ 1.128.789,90, sem licitação.

E a gente, Ver. João Bosco Vaz, que me dá audiência, acha que uma propaganda institucional é razoavelmente defendida em qualquer Governo. Agora, eu não posso, por exemplo, quando eu estou num ano eleitoral, colocar no Programa Cidade Viva que o tratamento do esgoto da Cidade vai pular de 27% para 77%. Isso é uma mentira deslavada!

Na melhor das hipóteses, Ver. Pedro Américo, se o Projeto for aprovado, se esta Casa autorizar o empréstimo de 115 milhões de reais, se o Congresso Nacional - mais especificamente o Senado – avalizar, esse Projeto levará dez anos para ser realizado; se tudo der certo. E aí eu pego o Programa Cidade Viva, no ano eleitoral, e começo a botar no conselho daquelas pessoas que a gestão que aí está... Quando as pessoas estão bebendo uma água podre em Porto Alegre, eu quero vender para a população que, no ano que vem, eles vão tomar banho no Guaíba! Isso eu não posso aceitar! Não é sério fazer isso!

Eu mandei a minha assessoria fazer uma grande pesquisa desses gastos com publicidade, e eu acho que nós vamos levar isso mais adiante, Ver. Bosco. (Palmas.)

Não está correto! Eu não vejo uma campanha de educação para o uso da água, muito pouco; eu não vejo campanha de educação ambiental. Agora, eu vejo muita propaganda do asfalto - que é obrigação da Prefeitura -, e aí eles colocam no Programa Cidade Viva. E dizem que vão devolver a balneabilidade ao Guaíba, quando isso não é verdade! (Palmas.)

Nós achamos que devolver... E nesta Casa há unanimidade com relação a esse Projeto ou a qualquer Projeto que caminhe nessa direção. Agora, eu tenho de dizer a verdade para a população! Eu não posso vender gato por lebre, Ver. Isaac Ainhorn.

Eu vejo aqui a jornalista Vera Spolidoro dizendo: “Não, mas o Ver. Melo ataca tudo, a questão da propaganda...”. Pois eu quero repetir aqui a essa extraordinária colunista que, sim, tem uma ligação com o PT, foi a Chefe de Imprensa do Sr. Tarso Genro; então, eu não esperava dela outra posição! Pelo amor de Deus, eu sou antigo na praça, não há nenhum problema.

Agora, eu quero dizer o seguinte: não é correto que os servidores não tenham a bimestralidade; não é correto que serviços desta Cidade estejam sendo atrasados; não é correto que muitas creches não sejam conveniadas, porque o Governo diz que não tem dinheiro; não é correto que o Guaíba, o arroio Dilúvio, da Av. Ipiranga - essa vergonha para a Cidade -; não é correto que a gente veja esse mundaréu de lixo sobre a praia, sobre a orla do Guaíba, e aí eu tenho R$ 1.128.789,90 para gastar em publicidade, quando eu subo a tarifa, cobro mais caro a água de péssima qualidade. Mas dinheiro para propaganda eu tenho, para dizer que o Guaíba está balneável. Isso não está correto!

Por isso, Presidenta, encerro e digo que vou fazer um pente-fino, Ver. Dib, e se encontrar que há indícios, aqui, de uso da máquina pública para fins eleitorais eu vou levar isso, por antecipação, ao Tribunal Regional Eleitoral, porque eu acho que está-se fazendo propaganda eleitoral.

 

(Manifestações das galerias.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 17h12min.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes - 17h13min): Estão reabertos os trabalhos.

O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Srª Presidente, Srs. Vereadores, o bom da democracia é a alternância dos mandatos, de quatro em quatros anos, a alternância no poder. E quando, por intermédio da mídia, da publicidade, do poder econômico, um Partido começa, mesmo na democracia, a permanecer ad aeternum, os problemas começam a se manifestar e a crescer.

Agora, nós estamos assistindo, perplexos, a essa questão que envolve os municipários. Eu quero votar esta matéria imediatamente. Eu acho um desrespeito. Ganhou, ganhou; perdeu, perdeu.

 

(Manifestações das galerias.)

 

Há quantas Sessões nós estamos com as atividades paralisadas, nesta Casa, em função desta questão, porque o PT teima em não votar, porque ele não tem os votos necessários para aprovar.

(Manifestações das galerias.)

 

Enquanto isso, Srª Presidente e Srs. Vereadores, a gente assiste às coisas mais incríveis. Agora mesmo, noticiam-me, inclusive com a participação de alguns Vereadores, que haverá o ingresso de uma ação popular contra o Governo Municipal, contra o Sr. João Verle.

Infelizmente, eu sempre advirto que aqueles Projetos de Lei, sobretudo na área tributária, que são aprovados ao apagar das luzes sempre causam prejuízo à população e aos contribuintes.

 

(Manifestações das galerias.)

 

É verdade! E foi aprovada, ao apagar das luzes, aqui nesta Casa - infelizmente - uma remissão de 100 milhões de reais de créditos tributários, inclusive já vencidos. Denuncia a Aiamu - Associação dos Funcionários Municipais ligados a área da Fazenda. Hoje, aqui, o jornalista Políbio Braga diz (Lê.): “Os fiscais da Secretaria Municipal da Fazenda denunciaram a administração do PT, em Porto Alegre, por beneficiar ilegalmente a Unimed. ‘São renuncias fiscais que chegam a milhões de reais’, reclamou ao Tribunal de Contas do Estado e ao Ministério Público o presidente da Aiamu (Associação dos Inspetores e Agentes Fiscais de Tributos Municipais), Jorge de Melo Almeida. Ele quer que os benefícios ilegais sejam cancelados e pede que a Unimed pague o que deixou de recolher, exigindo ainda a punição do Prefeito João Verle”.

Onde está o princípio da eqüidade? Enquanto aumentam a alíquota de recolhimento dos municipários na área da Previdência, concedem uma remissão de cerca de 100 milhões de reais a entidades privadas.

 

(Manifestações das galerias.)

 

É...Daí é fácil. Dão para empresas e tiram do funcionalismo. Tiram da classe média, que é a quem tem pago as contas de governos incompetentes e que representa um verdadeiro descalabro do ponto de vista administrativo! A população não sabe de 5% do que acontece, porque hoje há uma aliança nacional, e esses microfones podem se calar de repente! Podem se calar! Porque eles não toleram o convívio do debate livre e democrático! Se tolerassem o debate livre e democrático, teríamos, hoje, instalado neste País, uma CPI investigando as ações deletérias e lesivas do Sr. José Dirceu, aliado e sócio desse outro cidadão, o Waldomiro Diniz, que já caiu na execração da opinião pública.

(Manifestação das galerias.)

 

Eu vejo, perplexo, tudo isso, mas o bom da democracia é que ainda há, neste País - oxalá não venha a armação de golpes, sempre nocivos aos interesses nacionais -,e eu ainda acredito, que dentro de pouco tempo, aqui em Porto Alegre, a despeito da força do poder econômico, da pressão do Governo Federal, vamos ver uma mudança em relação a essa situação, em função da Prefeitura Municipal. Eu sei que há muita gente, e aqui enfrento...

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Ver. Isaac Ainhorn, por favor, seu tempo está esgotado.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Já encerro. Eu sei que há muita gente – até vou-me contrapor com algumas pessoas que estão aqui, hoje - algumas do PT -, que estão aplaudindo a questão dos 11%, mas a gente tem de ter uma atitude linear e coerente em relação a essa administração do PT em Porto Alegre, nociva e lesiva. Enquanto isso o Prefeito de Porto Alegre, João Verle, prepara-se para uma viagem para Europa, a fim de, certamente, participar de importantes encontros e eventos. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Obrigada, Ver. Isaac Ainhorn.

(Manifestações das galerias.)

 

Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

A Mesa suspende a Sessão por um minuto para que haja entendimento entre as Lideranças sobre a ordem de votação.

Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 17h22min.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes - 17h37min): Estão reabertos os trabalhos.

 

(Manifestações das galerias.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 17h39min.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes - 17h40min): Estão reabertos os trabalhos.

 

O SR. CARLOS PESTANA: Srª Presidenta, por acordo da Bancada da Frente Popular com as Lideranças da Oposição, acordamos em colocar o Projeto do Previmpa para ser discutido na próxima segunda-feira, encaminhando a proposta à Mesa junto com os Requerimentos e Projetos que estão na Casa.

 

O SR. BETO MOESCH: Srª Presidenta, a Oposição faz questão de colocar o seguinte: votamos o que está estabelecido nesta lista de votação com a garantia de que se inicie a discussão e a votação do Projeto do Previmpa na segunda-feira. Começa o processo...

 

(Manifestações das galerias.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 17h41min.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes - 17h42min): Estão reabertos os trabalhos.

O Ver. Beto Moesch está com a palavra.

 

O SR. BETO MOESCH: Exatamente isso, há garantia, com acordo feito hoje entre a Oposição e a Situação, de que nós iniciaremos o processo de discussão e votação do Previmpa na segunda-feira, e hoje, nós vamos, portanto, seguir a votação de outros Projetos que estão acordados também.

 

O SR. CARLOS PESTANA: Nós acordamos com a proposta feita, aqui, pelo Ver. Beto Moesch.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Portanto, ouvido o Líder da Oposição e o Líder da... (Manifestações das galerias.) Nós vamos suspender de novo.

Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 17h43min.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes - 17h44min): Estão reabertos os trabalhos. Eu solicito silêncio às galerias para que possamos dar continuidade aos trabalhos da Câmara Municipal de Vereadores. Eu peço a colaboração das galerias.

O Ver. Renato Guimarães está com a palavra para um Requerimento.

 

O SR. RENATO GUIMARÃES (Requerimento): Srª Presidente, nós gostaríamos de apresentar um Requerimento solicitando uma ordem dos trabalhos que começa pelo Requerimento nº 75/04, de autoria da Verª Clênia Maranhão, que requer autorização para representar esta Casa no Congresso de Ciudades, na França; o Requerimento nº 80/04, de autoria do Ver. Guilherme Barbosa, que requer Moção de Solidariedade à Campanha de Geração Térmica de Energia Elétrica - CGTEE; o Requerimento nº 30/04, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que requer Moção de Repúdio ao Sistema INFOSEG; PLCL nº 012/02; PLL nº 014/03...

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Eu vou suspender mais uma vez a Sessão ou nós vamos tomar as medidas legais. Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 17h45min.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes - 17h51min): Estão reabertos os trabalhos. Queremos dialogar com o Plenário, com as galerias, com os funcionários e funcionárias, em nome da Mesa Diretora. Em meu nome, em nome do Ver. Elói Guimarães, do Ver. João Carlos Nedel, do Ver. Ervino Besson, nós estamos solicitando a colaboração dos funcionários e funcionárias da Prefeitura. Compreendemos a relevância da questão para que permitam o trabalho, o exercício aqui na Câmara Municipal de Porto Alegre. Se não houver condições, nós vamos encerrar a Sessão e o problema tende a aumentar.

 

(Manifestações das galerias.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Eu não vou suspender os trabalhos outra vez, nós vamos encerrar em nome da Mesa Diretora. Portanto, neste momento, eu solicito, pela última vez, silêncio no plenário. Respeitem, assim como nós respeitamos vocês, para que os Vereadores...

 

(Manifestações das galerias.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 17h52min.)

 

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